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7 de fev. de 2008

Imprensa X Luxemburgo

Quem pensa que aquele episódio entre Luxemburgo e Milton Leite foi – ou seria – um fato isolado se enganou. Está aberta a temporada de caça ao Luxemburgo.

O PVC, em seu Blog no Lance, há muito vem tentando mostrar que o ‘professor’ já não é o mesmo. Hoje, ele nos mostra que durante a ‘era’ Caio Júnior o Palmeiras não perdeu três partidas seguidas. Vai além, mostra que Luxemburgo não perdia três seguidas desde 2002, com o Cruzeiro (aquele mesmo, o Campeão Brasileiro).

Continua PVC: “... Vanderlei não sofreu derrotas consecutivas assim no Santos em 2004, no Real Madrid, em 2005, nem no retorno à Vila Belmiro, entre 2006 e 2007”. Além disso, diz que – pelo Palmeiras – Luxemburgo sofreu três derrotas seguidas apenas em 1994. Parafraseando o Rafael do OV: “... (Ah, 94… Velloso; Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Flávio Conceição e Mazinho; Edmundo, Evair e Rivaldo) (...) Que as derrotas sejam um excelente presságio!”.

Tudo isso para mostrar que o “professor” não tem mais o elã como treinador, não tem mais aquele “olhar de fera acuada” (típico de lutador de boxe), não quer – ou não consegue – ser um simples técnico de futebol.

Na mesma linha vai o BINDI. Mas, esse é mais explícito. Vai direto ao ponto. Vejam alguns trechos do texto escrito por ele e reproduzido pelo Mauro Betting:

“O time do Palmeiras não dá liga.”

“... Tem bons jogadores, alguns deles de nome, renome e sobrenome.”

“... O time não tem tática. É um bando em campo.”

Aí, ele encerra com chave de ouro e dá o tiro de misericórdia no coração; não no meu, no seu ou no nosso sofrido coraçãozinho Palmeirense; mas no coração do novo inimigo* da crítica esportiva descolada e defensora da modernidade, dos times planejados, da moral, dos bons costumes e da ética, vejam:

“... Luxemburgo parece não ter mais pique para treinar um time em campo. Parece não estar mais no esquema; dá impressão que ele queria mesmo é ser gerente, coordenar todo um clube de futebol. Como ninguém lhe dá tal emprego, ele vai ficando.”

Agora vem o melhor: “... Então, o time fica à mercê disso e entregue às suas próprias qualidades. Foi assim no Santos-07: Luxa, que sabe muito como técnico, não fez nada de genial para levar o time, limitado, ao vice brasileiro”.

Ora, pergunto eu, se o time era limitado – e era mesmo – o fato de seu treinador ter conseguido (junto com o time, é claro) o vice-campeonato brasileiro, como diz o cronista, já não seria isso – por si só – algo, digamos, genial? Vai entender!

Vou parando por aqui, pois ele diz mais. Diz que Caio Junior, “... injustamente demitido...” (ele não foi demitido, ficou com medo da pressão e “pediu o boné”), “... faria melhor”. Brilhante! Fácil fazer previsões e usar de sofismas para dar sustentação a uma tese. Eu retruco o cronista: Faria? Mas, não fez! Não ganhou Paulista, não ganhou Copa do Brasil, não classificou o time para a libertadores. De novo, vai entender!

Finalmente, o “futuro jornalista”, em seu Blog, vai pela linha do “eu te disse!” (feito aquela ‘motoquinha’ do desenho animado). Escreve, se isso pode se chamar escrever, “... É o preço por ter um empresário como treinador. E um mentiroso como diretor.” E encerra, limpando a barra dele e dos seus: “... Claro, para eles a culpa é da imprensa. Tem gente que acredita”.

Com isso tudo está provado, por A mais B, que: a) Luxembugo não é mais o mesmo; b) Não tem mais vontade de ser treinador; c) Quer um cargo de gerente; d) O caio Junior é um técnico vencedor e melhor que o Luxemburgo; e) O Luxemburgo é um empresário dirigindo um time de futebol.**

O grande pecado de Luxemburgo? Ser um técnico vencedor e que ganha dinheiro com isso. Parece que isso incomoda muita gente. Mas, o engraçado da história é que os mesmos que defendem o profissionalismo no futebol não conseguem conviver e não se conformam que um profissional ganhe dinheiro com isso. Mais uma vez, vai entender!

Capitalismo meus caros, é disso que se trata.

____________________
* Ele é o novo pelos seguintes motivos: Ricardo Teixeira (número um), J. Hávilla (número dois) e, por ser amigo dos dois anteriores, Luxemburgo é o número três.

** O último parágrafo do 'futuro jornalista' não entra na somatória A mais B por eu não ver ligação entre ele (o parágrafo) e o Luxemburgo. Ele se presta apenas para afirmação pessoal. Como eu já disse, não vou usar a batida frase do Freud, apesar de que...

2 comentários:

  1. Concordo inteiramente com o seu comentário. Só fazendo uma pequena ressalva: O PVC em nenhum momento do texto deu a entender que o Luxa não é mais o mesmo. Apenas trouxe números. Inclusive, as duas úlimas vezes que o time dele perdeu por três vezes consecutivas ganhos a tríplice coroa com o cruzeiro (Copa do Brasil, mineiro e brasileiro) e em 94 com o Palmeiras que ganhou o Paulista e o brasileiro.
    Foi mais uma curiosidade do que propriamente uma opinião.

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  2. Flávio, o PVC há algum tempo vem dizendo que o Luxemburgo não é mais o mesmo. O ano passado, ainda com o Luxemburgo no Santos, ele dizia isso. No caso dele acho que não é nada de pessoal contra o Luxa ou contra o Palmeiras, é somente uma questão de tentar, com números, mostrar que ele tem razão. Os outros são porque são cretinos mesmo. Valeu pela visita e pelo comentário

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Caro Palmeirense, aqui você pode fazer seu comentário. Como bom Palmeirense CORNETE!!!

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