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"Em 40 anos de jornalismo, nunca vi liberdade de imprensa. Ela só é possível para os donos do jornal". (Cláudio Abramo, que dirigiu Folha e Estadão)

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26 de set. de 2009

Bolão do Brasileirão 2009 - Rodada 26

O resultado atualizado sai na próxima semana, por enquanto fiquemos com a rodada de número 26. Às apostas senhoras e senhores.

25 de set. de 2009

Impressionante

Acabo de acordar e me deparo com a seguinte manchete no caderno de esporte do Estadão: "Árbitro fica um mês fora por pênaltis ignorados em BH - Evandro Rogério Roman, criticado pelo Cruzeiro, é afastado pela comissão de arbitragem".

A matéria é assinada por aquele garoto que citei ontem no Drops, mas isso, agora, não vem ao caso.

O importante é assinalar que estou IMPRESSIONADO com a força que a diretoria do Palmeiras tem junto à CBF e à Comissão de Arbitragem.

Só para lembrar, Roman nos operou em Goiás marcando um pênalti inexistente, não foi duvidoso, repito - foi inexistente, e nos 'tungou' pelo menos um ponto lá na capital goiana. Nossa diretoria 'vetou' Roman no que foi prontamente rechaçada pela mesma comissão de arbitragem, já que como vimos o péssimo 'árbitro' conduziu o confronto em BH.

Pois bem, um dia depois do jogo em BH a diretoria do Cruzeiro reclama e consegue punir Roman, a nossa ficou na vontade. Ou seja, estamos com tanto poder que conseguimos ser menos influentes que o Cruzeiro.

O que isso significa? Que podemos botar as barbas de molho, pois cedo ou tarde seremos novamente prejudicados para 'compensar' o erro contra o poderoso Cruzeiro. Podem escrever, podem ficar atentos, pois agora o recibo foi passado.

É impressionante o 'bom' trabalho de bastidores que é realizado por nossa diretoria.

24 de set. de 2009

DROPS

Mineirão

Ontem pude, pela primeira vez, acompanhar a um jogo no Mineirão. Bom, pelo que vi, e se a escolha das cidades sedes para a Copa do Mundo for algo sério, que leve em consideração apenas aspectos técnicos, o Morumbi não tem a mínima chance em relação ao estádio mineiro. Desde a facilidade em se chegar ao estádio, ele é cercado por avenidas largas; até a visão do campo de jogo, não há pontos cegos. Choveu torrencialmente durante praticamente todo o segundo tempo, nenhuma gota me atingiu, as arquibancadas já são cobertas. Aí alguém poderá falar: mas, os estádios serão reformados! Então, mais um ponto para o Mineirão. Se já é superior agora, imaginem depois da reforma que, aliás, consumirá muito menos recursos. Então, Mineirão para abertura da copa. Morumbi, não!

Sorte de campeão

O Palmeiras jogou com a sorte e a alma de um campeão. Bem fechado atrás, saiu em desvantagem depois de uma falha na zaga, não se abalou e em uma bola parada e um contra-ataque mortal, bem ao estilo Muricy, sepultou as esperanças mineiras. E olha que o Armero, que ataca com desenvoltura, mas que é estabanado ao defender, quase bota tudo a perder. No mais, Wendell é muito esforçado, e só. Seu lado foi uma avenida.

Modinhas

Agora sei por que a torcida do Cruzeiro tem uma aliança com a torcida Bambi. É porque são filhos do oportunismo, acostumados apenas com vitórias, teremos sempre que lembrá-los que o futebol comporta três resultados, e um deles pode ser a derrota. Ontem, bastou o empate do Palmeiras para que se calassem e fossem sufocados pela aguerrida, mas muito inferior em número, torcida verde presente ao Mineirão. Aliás, como foi a primeira partida que assisto fora de São Paulo pude perceber o quanto nossa torcida é diferente. Cantou e incentivou do primeiro ao último minuto. Só para lembrar: sábado alguns modinhas, daqueles que existem também em nossa torcida e que só vão na boa, estarão presentes no Palestra; espero que algum dia tenham a oportunidade que tive ontem de ver como é realmente torcer e incentivar uma equipe. De parabéns todos que estiveram ontem no Mineirão e que são, na maioria das vezes, aqueles que nunca abandonam o Palmeiras, esteja ele onde estiver.

Ingressos

Informações dão conta que as filas hoje já eram imensas nas bilheteiras do Palestra e a lentidão na venda também. É um prêmio à torcida pelo time estar bem no campeonato e para a sua torcida que nunca abandona o time. Onde estão os 17 postos de vendas da Outplan, aquela que substituiu a BWA para resolver os problemas das bilheterias?

Imprensa I

Foi só haver um ou dois lances polêmicos em favor do Palmeiras para a imprensa esportiva perceber que há problemas de arbitragem no Brasil. Enquanto o prejudicado era o Palmeiras o silêncio era ensurdecedor. Diziam que todos os times são ajudados e prejudicados pelos árbitros. Hoje, só faltou pedirem a anulação do jogo. Aliás, eu não marcaria nenhum dos pênaltis reclamados. O ‘mais pênalti’, o do Jumar no Bambi Fabrício, teve a peculiaridade de ser muito parecido com aquele não marcado contra os Bambis domingo passado. A diferença? É que naquele foi unânime a aprovação da atitude do árbitro em não marcá-lo e o de ontem a reprovação na não marcação. Aliás, o Godoy, Bambi assumido que até cursos ministra e assiste pelos lados do Jardim Leonor, marcou (ainda bem que ele não apita mais) uns 8 pênaltis contra o Palmeiras ontem. É o desespero dos Leonores e seus asseclas. Não tem TV a cabo? Desliga o som da TV e ouça a narração pelo rádio, mas não qualquer rádio, lembre-se também de boicotar a Portuguesa das rádios.

Imprensa II

A emissora câncer, uma mais dentre aquelas que nos odeiam, ontem se superou. No gol do Diego colocaram o hino do São Paulo. Não tem TV a cabo? Desliga o som da TV e ouça a narração pelo rádio, mas não qualquer rádio, lembre-se também de boicotar a Portuguesa das rádios.

Imprensa III

Preste atenção em alguns trechos da matéria da vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro estampados na primeira página do ‘caderno de esportes’ do Estadão:

“Jogadas ensaiadas? Difícil de sair”.
“Elenco entrosado? Às vezes não é o que se vê”.
“O Palmeiras se fechou, jogou como equipe pequena.”
“Foram, pelo menos, quatro pênaltis pedidos pelo Cruzeiro...”

O nome da fera que assina a matéria? Daniel Akstein Batista. Guardem esse nome, pois desse jeito ele tem futuro. Em breve o veremos por aí sendo promovido. Será o pagamento por tanto ódio ao Palmeiras.

Forza Palestra!

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Sem revisão

22 de set. de 2009

Drops

No creo en brujas...

Já disse que não sou afeito às teorias da conspiração, mas igual os argentinos gosto do dito popular: "No creo en brujas, pero que las hay, las hay".

Bastou o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, mais uma vez, dizer que o Morumbi NÃO ESTÁ APTO a receber um jogo de abertura de Copa do Mundo, para no domingo o Painel da Falha de São Paulo, mais um vez, atacar a Arena Palestra Itália.

Não vou colocar o link da falha por aqui, mas veja a aqui a nota oficial do Palmeiras sobre o caso, a nota conjunta da WTorre e Palmeiras, e ouça a entrevista do presidente Beluzzo rebatendo à altura as mentiras da falha.

Veja também dois fatos interessantes. O primeiro, como já foi dito, é que o 'projeto' do Morumbi já subiu no telhado faz tempo. Então, leia aqui matéria da Gazeta Esportiva sobre o caso. Ao mesmo tempo, veja como o Lance! não deu uma linha sequer, no espaço reservado ao time leonor em seu diário, sobre o caso em sua versão on-line.

Jornalismo com credibilidade... (ao estilo 1nh0)

Existem um blogueiro.

Se diz acima do bem e do mal.

É, segundo ele próprio, a credibilidade em pessoa.

Gosta de eleger inimigos, principalmente aqueles que são desafetos de seu padrinho.

Por detrás dele há uma tal de Mídia Sem Média, que sabemos a quê e a quem serve.

Pois bem, de tempos em tempos ele resolve atacar o Diretor de Marketing do Palmeiras, Rogério Dezembro.

Ontem Fábio Kadow, que escreve a coluna "Jogo de Negócios" no portal Terra, publicou o seguinte artigo: "Palmeiras, Samsung e Adidas: casamento perfeito no marketing".

Não preciso nem dizer que mais uma vez a tal credibilidade do blogueiro foi posta a prova.

Números, ah, os números!


Quando PVC 'começou' a sua carreira na ESPN, sacava daquelas informações que o faziam parecer um imenso Google, até parecia um cara 'bacaninha'. Os mais jovens, inclusive, o tratavam (ainda existem aqueles que o tratam) como um pop-star do jornalismo esportivo.

Passado algum tempo o cara vem exagerando. Essa história de números, para mim, 'dá no saco'. Tudo são números, estatística e dá-lhe mais números.

Futebol não é basquete; futebol é metáfora da vida, e a vida não se resume a números. Chega!

[OFF] Imbróglio entre Corinthians e autor da letra do 'bando de loucos'

À la twitter: Mas não querem um futebol 'bonitinho' e 'profissionalzinho'? Paguem por isso e agora aguentem. Ou são só os torcedores que tem que pagar a conta?

Kléber

Achei bem bacana ele ter ido à quadra da Mancha, apoiar o campeonato interno; enfim, participar da festa em que foi convidado pelos amigos que aqui deixou. Mas, também penso qual seria a nossa reação fosse o caso dele estar jogando aqui e ter ido à quadra da torcida Maria e participado de evento similar.

O Palestra Itália morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão!

No domingo, 20/09, a Sociedade Esportiva Palmeiras completou 67 anos de existência. Naquele ano da graça de 1942 o time entrava em campo empunhando a bandeira do Brasil sob aplausos do público presente no Pacaembu e apesar de toda a pressão política e da mídia, o Palmeiras venceu e fora o Campeão Paulista naquele dia glorioso*.

Parabéns Palmeiras, que em 2014 completará 100 anos de vida, pois Palmeiras e Palestra Itália são dois capítulos da mesma história.

* Vale destacar que fomos campeões sobre um time que, desde aqueles tempos, usava da tramóia para se firmar. Remeber 42!

Verde!

Basta o time da marginal sem número ver uma camisa verde pela frente que ele se desmonta todo. No domingo, frente ao Goiás - que veste verde, a gambazada levou uma 'raquetada' e entrou definitivamente para o G4. Isso mesmo, Goiás 4 x 1. Só para lembrar aos rivales o jogo contra o Palestra é no dia 31 de outubro, ainda tem um tempinho.

Cruzeiro

Amanhã é a minha estréia no Mineirão. Considerando o meu retrospecto favorável vou cravar um palpite à la Barneschi: 0 x 1; com direito a chuva, lama e sofrimento.

Forza Palestra!

21 de set. de 2009

Bolão do Brasileirão 2009 - Rodada 25

No ar as apostas para a rodada 25 do nosso bolão.

Essa rodada vale pontuação dupla em todos os ítens; ou seja, acertou multiplicam-se os acertos por 2. É que é minha estréia no Mineirão.

Então, às apostas senhoras e senhores.

18 de set. de 2009

Momento filosófico - atualizado

"São, pois, os povos que se deixam oprimir, que tudo fazem para serem esmagados, pois deixariam de ser no dia em que deixassem de servir.

É o povo que se escraviza, que se decapita, que, podendo escolher entre ser livre e ser escravo, se decide pela falta de liberdade e prefere o jugo, é ele que aceita o seu mal, que o procura por todos os meios."

"A liberdade é a única coisa que os homens não desejam; e isso por nenhuma outra razão (julgo eu) senão a de que lhes basta desejá-la para a possuírem; como se recusassem conquistá-la por ela ser tão simples de obter.

Gentes miserandas, povos insensatos, nações apegadas ao mal e cegas para o bem!"

Assim: "A vida que levais é tal que (podeis afirmá-lo) nada tendes de vosso."

E viva os levianos, pois "O povo gosta de acusar dos males que sofre não o tirano, mas os que o aconselham...".

Discurso Sobre a Servidão Voluntária - Etienne de La Boétie

Em tempo: Se veio por aqui é porque quer saber a minha opinião. Se não gosta de meu estilo, em forma e conteúdo, a porta da rua é a serventia da casa, porque escrevo para aqueles que sempre me incentivaram a fazê-lo, e em última análise, para mim mesmo, para que eu possa espantar os meus 'demônios' e lutar as minhas batalhas, e de mais ninguém.

16 de set. de 2009

Mídia Palestrina

Para entendermos o que está acontecendo: A PAPAGAIADA SENDO FEITA.

13 de set. de 2009

Momento mídia palestrina

Bolao do Brasileirão 2009 - Rodada 24

Demorou, mas estão abertas as apostas para a rodada 24. E não poderia deixar de ser diferente, com número tão cabalístico o Verdão somente poderia disputar uma partida contra um time de bambis. Agora são os bambis da Bahia, um time que me recuso a pronunciar o nome. Mas, de qualquer forma, vamos aos palpites;

12 de set. de 2009

Já faz 18 horas...

...e o silêncio é ensurdecedor!

GZUIS, a verdade emudece, cala...

Amigos do rei

Há, sem dúvida nenhuma, uma marcha – diria inexorável – rumo a um mundo mais chato e quadrado... Enquadrado. O mercado está vencendo; nós estamos perdendo.

Há, uma minoria, mas que se investe de maioria e com seu poder construído de consensos, que tenta nos mostrar que o mundo é uno, enquadrado, quadrado, careta, e que tenta nos fazer pensar que não há saídas outras senão as do mercado.

Muitos crêem ser isso é a Verdade absoluta. Os que não crêem nessa Verdade são ‘acusados’ de serem pregadores no deserto; estes são, inclusive, os ‘oportunistas de oportunidade’. O novo tempo chegou; um tempo onde não há espaço para emoções; e, serei direto, para os torcedores de futebol. Estamos no tempo dos ‘consumidores’, aqueles que pagam por aquilo que lhes é oferecido.

Acabou o tempo dos torcedores; agora, meus amigos, paguem para ver. Seja nos estádios ou nas poltronas.

Eu, não sou daqueles que penso assim. Primeiro, porque odeio essa sociedade ‘clean’ onde emoções são substituídas por racionalismos superficiais, pelo mercado, pelo dinheiro.

Para mim futebol é arquibancada, mesmo que eu tenha que conviver com numeradas e setores ‘especiais’. O que não entendo é o porquê os dos setores especiais não me suportam, não me querem no convívio. O que não entendo é o porquê a existência deles tem que me fazer desaparecer.

Se for assim é guerra! Se for assim é ‘ódio eterno ao futebol moderno’. A maioria, aqueles que querem transformar em minoria, está reagindo. Isso não é só por aqui, é no mundo todo.

O que não enxergam os míopes é que a sobrevivência do futebol é – queiram ou não, isso é que é inexorável – dependente de TORCEDORES. Consumidores são volúveis e dependentes do humor do ‘mercado’: se meu time estiver bem eu acompanho, se estiver mal vou ver uma ópera...

Já vi muitas críticas ao comportamento da torcida do Palmeiras. Ela não incentivou o time quando ele precisava. Meus caros, isso faz parte de um novo perfil de ‘torcedores’, e costume-se com isso. É assim que acontece quando o torcedor é substituído pelo consumidor, afinal, esse cobra por aquilo que pagou; torcedor incentiva mesmo nos momentos de desgraça; consumidor quer a sua ‘satisfação garantida ou seu dinheiro de volta’.

Entendo nesse momento o porquê querer uma unificação dos cânticos das torcidas. Acho que querem a volta do ‘chefe de torcida; vamos precisar, de novo, das ‘gentes de bem’ nos estádios.

* * *

Os tempos são outros. O Palmeiras mudou, há – inclusive - uma mídia Palestrina. Não, não há. O que existe é apenas um conjunto de links que define um conjunto de blogues que tem no Palmeiras a sua razão de existir. Já ouvi isso.

Em um determinado momento esse blogues – críticos ao grupo de Mustafá Contrusi – serviram ao propósito de eleger a nova diretoria e que hoje é situação no clube.

Hoje, alguns se alinharam automaticamente a atual diretoria, outros preferiram um apoio crítico, mas todos buscam o bem do Palmeiras. Só que alguns ainda não entenderam isso.

Existem os blogues – da Mídia Palestrina, aquela que não existe – que são chamados para ‘encontros’ com a diretoria, e outros que não são. Isso é democracia.

Um amigo me disse uma vez que ‘se governa com os amigos’; acho que isso tem que ser assim mesmo. O que não pode é dizer que TODOS foram chamados. Não foi a mídia Palestrina, mesmo porque ela não existe, é apenas um conjunto de links, que foi convidada. Foram convidados os amigos do rei.

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republicado com pequenas alterações

10 de set. de 2009

Pontos corridos x mata-mata

Também vou entrar nesse debate.

O Barneschi escreveu ser contra os pontos corridos. O Conrado a favor dos mesmos. Cada qual com seus argumentos, alguns que concordo e outros que discordo; e isso é claro, pois não fosse assim não estaria escrevendo essas linhas.

De cara, uma coisa tem que ficar clara nesse assunto: tem gente boa tanto do lado dos que defendem os pontos corridos tanto quanto do lado daqueles que o detestam. O que não vale é como faz certa mídia ‘do bem’, comandada por arautos da Verdade que divide o mundo entre ‘bons e maus’, em conformidade apenas com suas posições, e de acordo somente com sua própria régua; aqueles que estão comigo são do ‘bem’, os que estão contra mim são do ‘mau’.

O Juca Kfouri prefere os campeonatos – e lutou por eles – de pontos corridos; o Cléber Machado já disse que gosta de fases finais. Não é isso que define se são do bem ou do mau. São apenas pontos de vista que devem ser ouvidos, debatidos, respeitados, aceitos, rejeitados, tudo no mais alto nível e respeito. Aliás, não é isso, em última análise, que define o caráter de ninguém. Nesse caso é uma questão apenas de preferência, desde que não haja outros interesses, econômicos – por exemplo -, envolvidos. Nessa discussão entre o Barneschi e o Conrado, e que eu me envolvo agora, o que está em pauta é – como já foi dito – uma questão de interesse, uma questão de como se enxergar o futebol. Legítima, de ambos os lados, diga-se de passagem.

Bem, vamos àquilo que eu penso.

Em primeiro lugar sou daqueles que acham que devemos, imediatamente, sob pena de nos transformarmos em aquilo que não somos, parar de copiar modelos que nada tem a ver com nossas tradições, ou se formos fazê-lo – para que em uma longínqua data o sejam - que o façamos por inteiro, e preservando as características que os fazem atrativos. Nada de cópias mal feitas ou pela metade. Explico-me. Gosto da Copa do Brasil e do ‘modelo’ mata-mata, mas isso – a Copa do Brasil – é uma cópia mal feita de campeonatos europeus do mesmo tipo que já existem há décadas. Por lá o número de participantes é imenso, chegando inclusive a aceitarem times amadores. Desde que demonstre vontade e condição – econômica, técnica, logística, estádios etc. – uma equipe pode pleitear participar de tal competição. No Brasil não. Aqui são fatores políticos (da política esportiva, inclusive) que definem os critérios de participação.

Nesse caso, os ‘mata-mata’ – em todas as suas fases -, com exceção das finais, são justificáveis, dão um caráter mais democrático, já que neste tipo de confronto o imponderável, aquele que faz de quando em vez ‘um David derrotar um Golias’, está presente e é justificável. Então, gosto do modelo, não em todas as competições, e não da forma como foi concebido em nosso país. Parece-me que aqui é apenas uma forma de agradar alguns aliados políticos, que precisam de votos e visibilidade, ligados a alguns clubes que precisam de atividade e são ‘convidados’ a participar de um torneio com os grandes. Nada de um torneio que prima pela democracia, onde todos – repito, todos – podem participar. O objetivo maior: todos tendo a possibilidade – de acordo com sua sorte, competência ou tabela favorável, por exemplo – de se sagrar campeão, inclusive um desconhecido time amador do interior da Bahia...

Da mesma forma que o Barneschi não gosto dos pontos corridos. De início, confesso, achava que um certame nesses moldes seria a expressão da justiça. Mas, depois de alguns anos acompanhando campeonatos nesse molde também confesso que acompanhar um campeonato que premia não o melhor, mas o mais ‘regular’, tendo a pender minha balança – nada mais iconográfico em relação à justiça que a balança – pelo lado da rejeição desse tipo de disputa.

Não sei como se faria isso, mas o ideal – para mim – seria um campeão do primeiro turno decidindo em dois jogos (ou três em caso de igualdade ao final desses dois primeiros jogos) o título do campeonato brasileiro com o campeão do segundo turno. Aí alguém poderá dizer que o campeão do primeiro turno perderia o interesse no segundo turno. É verdade, mas daí, caso isso ocorresse, haveria o perigo do rebaixamento. Além disso, em caso de repetição do mesmo campeão (primeiro e segundo turno) não haveria a necessidade da decisão. Poderia alguém dizer que já é isso que acontece com os pontos corridos. Mas, não é. O Goiás, por exemplo, não me lembro quando, fez um primeiro turno sofrível, chegando a estar na zona de rebaixamento, mas fez um segundo turno que – se não me engano – o credenciaria, por esse critério, ao campeonato do returno e, dessa forma, a disputar a final do campeonato. Nesse caso, a equipe que se ‘planejou mal’, mas que corrigiu os rumos, não foi regular – foi ruim, mas depois foi muito bem – não teve o seu esforço por melhorar premiado, terminou – segundo os critérios vigentes – na zona da sul-americana, que no final não serve para nada.

Não sei se me fiz claro, mas é assim que penso. Mas, tem uma outra coisa que me incomoda profundamente. É o número reduzido de clubes na primeira divisão do campeonato brasileiro. Isso não foi destacado pelo Barneschi nem pelo Conrado, por isso não sei o que eles pensam sobre o assunto, mas acho que 20 (vinte) clubes é muito pouco.

Em primeiro lugar, porque somos, em matéria de população, muito maiores que os países que adotam esse critério (de novo uma cópia linear). Inglaterra, Espanha, França e Itália, que adotam o critério de vinte (20) equipes na primeira divisão, somados superam em pouco a população do Brasil. Isso já é um fator para nos fazer pensar.

Em segundo lugar, porque temos aqui uma ‘variedade’ de campeões nacionais muito maiores que nesses países. Aqui temos hoje na primeira divisão quinze (15) diferentes campeões, e se considerarmos ainda Vasco e Bahia que já foram campeões nacionais, mas estão na segunda divisão, teremos dezessete (17). Ou seja, se no próximo nacional todos os times que já foram campeões – não pensando em um campeão diferente desses nesse ano – estiverem na primeira divisão teremos pelo menos um desses rebaixado pelo critério atual (20 times e quatro rebaixados). Assim, não dá para igualarmos o número de clubes daqui com os dos países citados, não dá para igualar o desigual, e se clamamos por justiça (pontos corridos é tratado assim), a injustiça já se estabelece desde o início. E não me venham somente com a redução do número de rebaixados, o que corrige a injustiça é o aumento dos participantes do certame nacional da primeira divisão.

Opa, as datas? Sei lá! Talvez um campeonato brasileiro durante o ano todo, quem sabe. Uma copa do Brasil com os participantes da primeira divisão entrando somente nas fases decisivas; uma libertadores essa sim mais enxuta; o fim dessa aberração chamada sul-americana; o fortalecimento – não o fim como propõe alguns – dos campeonatos regionais como forma de acirrar ainda mais as rivalidades locais (foi assim que aprendi que um Palmeiras X Corinthians é o maior clássico do planeta).

Ah! Em tempo, e sobre outro assunto: Não me venham com esse papo de mudança de calendário como forma de sanar o êxodo de atletas. Isso é paliativo. Somente acordos com os europeus que não possibilitem a ‘canibalização’ de nosso futebol – como acontece hoje – resolverá o problema. Sonho? Talvez. Mas, as federações nacionais (como a CBF) dos países latino-americanos, têm que pensar não apenas em seus selecionados, mas tentar fortalecer os clubes – como faz a UEFA – senão, daqui a pouco, não haverá mais o produto que as enriquece, os jogadores nativos, pois os europeus com a força de seu dinheiro – ou com a fantasia dos mercados de capitais – nos destruirão; cedo ou tarde.

Em breve um texto sobre o ‘futebol moderno’ e a crescente campanha contra ELE que alguns – ou muitos – vêm empreendendo. Esta, mais ideológica que de opinião.

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Sem revisão

9 de set. de 2009

Bolão Brasileirão 2009 - Pontuação Especial

Caros amigos, a tabela abaixo mostra os palpites de cada apostador referente a pontuação especial de nosso bolão. Como vocês podem ver alguns ainda não fizeram as apostas, outros pediram - por causa da chegada do Love - para mudar os palpites.

Dessa forma estão reabertas as apostas para os palpites especiais até a próxima segunda-feira (14/09). Aqueles que já apostaram e quiserem mudar os palpites podem fazê-lo e aqueles que ainda não apostaram também.

Mas, é a última chance.

Bolão Brasileirtão 2009 - Resultado R. 21 e 23

Estamos assim:



Caso haja algum erro entrar em contato que refaço a conferência.

3 de set. de 2009

Réquiem pelo futebol brasileiro!

Por que hoje estou com a 'macaca'. Porque não aguento mais ver pseudo-intelectuais clamando por uma modernidade que só nos tira aquilo que é nosso por direito. Porque não encontro em nenhum lugar, e olha que já estou qualificando minha dissertação de mestrado sobre o tema, onde é que nós os torcedores entramos nessa tal de modernização, aliás eu sei com o que nós entramos, pois na política do CARACU entramos com a sílaba final. Então, fiquemos com três momentos que procuram resgatar aquilo que nós é tirado, aquilo que nos é de direito, mas insistem em nos usurpar, três momentos de gente que não se conforma e insiste resistir.

A) O estatuto do verdadeiro torcedor, do amigo Teo

1. Futebol não é festa.
2. Futebol não é divertimento.
3. Futebol não é um bom lugar para passeio.
4. Futebol não é um ambiente saudável, ao contrário, é doentio.
5. Evite levar criança ao estádio, a menos que esta seja mais madura que você (no meu caso não é difícil).
6. Evite levar mulher ao estádio, a menos que ela seja mais homem que você.
7. Evite levar qualquer pessoa ao estádio que não esteja focada na vitória do seu time.
8. Não use uma partida de futebol para networking profissional e/ou social. O ideal é que, ao te verem no estádio, todos se envergonhem de você.
9. Acredite em você, nas suas impressões e opiniões sobre seu time.
10. Despreze completamente a opinião da imprensa esportiva.
11. Se você acha que seu time vai ganhar, talvez ele ganhe.
12. Se você acha que seu time vai perder, ele vai perder. Vá ao jogo assim mesmo.
13. Não deixe que o trabalho atrapalhe o futebol.
14. Não deixe que nenhum programa ou compromisso atrapalhe o futebol.
15. Não deixe que um romance atrapalhe o futebol.
16. Não deixe que nada atrapalhe o futebol.
17. Acima do futebol, só a saúde. Ela que te permite viver para o futebol.
18. Seu melhor amigo é o seu time.
19. Despreze quem não gosta de futebol.
20. Ignore quem não gosta de você pelo fato de você gostar de futebol.
21. Fique onde você quiser no estádio, ignore os lugares numerados.
22. Nunca assista ao jogo ao lado de um torcedor adversário.
23. Odeie seu adversário no dia do jogo.
24. Identifique seu inimigo e odeie-o todos os dias da sua vida.
25. Debata com torcedores adversários verdadeiros, menospreze os farsantes.
26. Se um dia você for a um estádio sem alambrado, fosso ou qualquer divisão para o campo, sinta vergonha. O Brasil não é a Inglaterra.
27. Não relaxe durante o jogo.
28. Evite sorrir durante o jogo.
29. Não xingue os jogadores do seu time durante o jogo. Alguns merecem, mas não vai adiantar.
30. Xingue a arbitragem em todos os jogos, isso te fará bem.
31. Não se esforce por ingressos para torcedores ocasionais e oportunistas. Cuide do seu e dos legítimos habitantes daquele espaço sagrado.
32. Refute ser tratado como consumidor, você é apenas torcedor. Por sinal, você é muito mais que consumidor.
33. Cuide da sua própria segurança, nunca espere nada da PM.
34. Proteja-se da PM.
35. Volte do estádio sempre com a sensação do dever cumprido.

B) O que nós perdemos, do Barneschi

Palmeiras e SPFW poderiam muito bem fazer a final do Campeonato Brasileiro/2009. Poderiam, se assim fosse permitido pelo regulamento, protagonizar dois duelos memoráveis pelo título. No entanto, os inimigos se enfrentaram já na terceira rodada do returno. O mesmo se aplica a uma possível decisão entre Palmeiras e Internacional, mas os dois clubes se encontraram uma semana antes, ainda em agosto, e deixaram de fazer história no fim do ano.

É assim que são as coisas no Brasil desde 2003. Finais históricas foram trocadas por disputas modorrentas, por decisões que se antecipam sem avisar e pela impossibilidade de confronto entre os melhores.

Não há mais heróis, gols decisivos ou viradas espetaculares. Nem mesmo os erros da arbitragem ganham notoriedade, pois agora, bem programados, ficam todos escondidos naqueles jogos menos importantes. As finais do Brasileirão, que nunca se repetiram ao longo de três décadas, foram substituídas por jogos comuns e esquecíveis.

Não há mais artilheiros de um jogo só. Não há mais Soratos (1989), Ailtons (1996) ou Tupãzinhos (1990). Acabaram os heróis. Nada de Nunes (1980), Baltazares (1981) ou Robinhos (2002). Não há mais um Bahia surpreendendo o Inter como em 1988, não há mais disputas de pênaltis como as que já decidiram algumas edições, não há mais campeões com saldo de gols negativo, não há mais a festa que cerca uma grande final.

Alguém aí, pergunto, se lembra do jogo que deu ao Cruzeiro o título de 2003? Ou de como o SPFW sacramentou o título de 2006 ou o de 2007? Ou de quem fez os gols que definiram o Santos como vencedor em 2004? Ou que o SCCP garantiu com derrota a conquista de 2005?

Não, ninguém se lembra. Porque os pontos corridos (ou roubados, como queiram) se valem da tal lógica do que é mais justo para roubar do torcedor o direito a uma final emocionante e a duelos que, se não trazem justiça, ficam eternizados na história.

Você pode ser contra ou a favor ou pode até não ter opinião formada. Pouco importa; quando se decidiu pela fórmula de pontos corridos (ou roubados, se considerarmos o modus operandi de alguns), foi feita uma opção que parece não ter volta: saíram as finais e entraram as disputas pretensamente justas, mas sem emoção.

Foi assim que o torcedor de futebol no Brasil perdeu direito a jogos inesquecíveis, a heróis que nunca existiram, a duelos que, se concretizados, nunca sairiam da nossa memória. Em nome de uma suposta isonomia, foi isso tudo que roubaram da gente.

É só um exercício, claro, mas os senhores podem clicar na imagem abaixo para visualizar tudo o que perdemos:



Finalmente, C) Ódio eterno ao futebol moderno



E pra não dizer que não falei de flores, pois não falei mesmo, fiquem com o link de um texto do professor Marcos Alvito, publicado na Revista Piaui, em dezembro de 2007, sobre como é a vida do torcedor inglês, e preparem-se, pois é nisso que querem transformar o futebol brasileiro. Pena o texto ser só para cadastrados, mas é gratuito o cadastro, e vale à pena ler o texto: O ESPORTE QUE VENDEU SUA ALMA.


Réquiem pelo futebol brasileiro!

Bolão do Brasileirão 2009 - Rodada 23

Ainda devendo a atualização, estou até a tampa de trabalho, e prometendo fazê-lo na próxima semana, abrimos os palpites para a rodada 23; a da estréia do artilheiro do amor.

Informo que na próxima semana reabro (excepcionalmente) mais uma rodada de apostas para os palpites especiais, afinal com a chegada de Love pode ser que alguns queiram mudar seus palpites; assim outros - que ainda não o fizeram - terão a chance de fazê-lo.

Então, às apostas senhoras e senhores, pois o tempo 'ruge', como diria o filósofo Matheus.



Em tempo: uma viagem com a família no feriado prolongado não possibilitará minha presença no Palestra, faz tempo que isso não acontece, mas a paciência da família com minha paixão pelo Palmeiras às vezes precisa ser recompensada. Então, àqueles que lá irão meu desejo de uma vitória convincente, 4 x 1 segundo as previsões de minha bola de cristal. E um bom divertimento a todos(as), se bem que futebol não é diversão (já disse o Téo); a diversão acaba com aquela cerveja derradeira, quinze minutos antes de adentrar ao campo de jogo, lá no Bar do Izidoro. Aos leitores do blog a promessa de atualizações na próxima semana.

2 de set. de 2009

Ingressos

Não bastou o aumento dos ingressos com a 'desculpa' de que é para compensar pelo 'bom' time para o restante do campeonato? Aliás, por falar nisso, se a lógica é essa quem é que vai nos ressarcir pelos preços cobrados e times medíocres que aturamos em temporadas não tão distantes? (essa foi do VitorMV, que tomei a liberdade de incorporar ao texto)

Eu escrevi ontem que não mais falaria sobre o tema, mas a diretoria não me deixa. Na semana que poderia tudo ser só festa me surge mais esse 'toco' da diretoria em sua torcida.

A Oultplan não seria a redenção? Ou será que tem gente querendo jogar tudo a perder?

De olho Beluzzo!

Em tempo: Forza Pierre!

1 de set. de 2009

Aumento do preço dos ingressos

Darei de barato que a diretoria tem razão. Precisamos mesmo onerar os torcedores para que estes paguem a conta da manutenção de um 'bom' time.

Mas, a pergunta que fica é: por que justamente os menos abastados, aqueles que vão de arquibancada, é que arcarão, percentualmente, com o maior valor de aumento?

Vejam:

Arquibancada: de R$ 30 para R$ 40 (aumento de 33,3%)
Numerada descoberta: de R$ 60 para R$ 80 (aumento de 33,3%)
Numerada coberta: de R$ 120 para R$ 140 (aumento de 16,6%)
Visa: de R$ 88 para R$ 110 (aumento de 25%)*

Bem, não vou criticar mais ninguém. Já cansei disso tudo. Dos mesmos sempre pagando a conta, da falta de respeito na hora de adquirir seu bilhete. Dos 17 postos da Outplan se transformando em 3 ou 4...

Me calarei! Mas, que caminhamos - a passos largos - para a expulsão dos torcedores de arquibancada do(s) estádio(s), não tenho dúvidas.

Parece déjà vu, pois a história se repete. Só não sei ainda se em farsa ou tragédia:

Ingressos e elitização



A propósito do aumento nos valores dos ingressos para os jogos do Palmeiras publico links - que já estão na lateral direita do blogue - que tratam do tema.

O primeiro é do professor Marcos Alvito, e foi publicado pela Revista Piauí, em 2007. [clique aqui - só para assinantes]

O segundo é de minha autoria e foi publicado pela Revista Eletrônica Ponto e Vírgula, da PUC/SP. [clique aqui]

Atenção, caminhamos a passos largos para a expulsão/extinção dos torcedores dos estádios e do futebol.


Mas, como já disse, cansei. Deixarei as coisas como estão, que siga o rumo do planejado, que - aos poucos - se abarrote os estádios com consumidores; que se afaste os torcedores.

Mas, um aviso! Quando de mais uma crise, na falta dos consumidores, talvez ao tentarem atrair novamente os torcedores, aqueles que não querem ver um espetáculo, mas incentivar seu time do coração, pode ser tarde demais.

Parei!

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* Cálculos feitos pelo Barneschi, do blog xará. No post Ingressos mais caros.

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