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27 de mar. de 2009

Depende do Seu Ponto de Vista

Do original: Evil Dead*

A originalidade dos títulos dos filmes, quando traduzidos para o português, me inspiraram essa postagem.

Nada a ver, mas o título em português desse filme, com as confusões para a tradução (adaptação do título), mostra como a imprensa esportiva brasileira vem se comportando sobre o caso da chamada 'unificação' dos títulos dos campeonatos nacionais.

Então, dito isso, Alberto Helena se posicionou da seguinte maneira [clique e leia aqui].

Odir Cunha, o jornalista que fez a pesquisa e produziu o dossiê, respondeu - no blog do Helena - dando a sua versão e opinião sobre a posição do jornalista Alberto Helena, e da maioria absoluta dos seus companheiros, que escarnearam a 'pretensão'.

Como não sou imparcial, sempre tive posição e sou favorável à unificação, publico na íntegra o que disse Odir sobre a posição de Helena e da maioria de seus companheiros de profissão:

26/03/2009 - 02:38 - Enviado por: Odir Cunha

Alberto Helena Jr. amigo dos velhos e bons tempos do Jornal da Tarde. Como você citou minha entrevista com o Zaidan, permito-me o direito de resposta.
Percebo que quem quer confundir são os opositores à Unificação dos Títulos.
Você diz que eu simplifiquei ao dizer que há muito jornalista que veste a camisa do clube por baixo, e há mesmo. Não se esqueça de que eu sei para que time torcem todos os nossos colegas, você inclusive, e sei o quanto essa paixão influi nos julgamentos.
Eu declaro minha paixão, mas declaro também meus argumentos - que eles sejam discutidos.
Impressiono-me com pessoas que analisam sem procurar se aprofundar na questão. Não vi nenhum dos maiores críticos lá no Palmeiras, quando o Dossiê foi apresentado. Não sabem, não querem saber e têm raiva de quem sabe. Desculpe, mas para mim não são profissionais. São “achadores”. Nem sabem o que descobri de novo e revelador sobre a Taça Brasil e o Robertão. Confiam em suas velhas memórias e seguem o que seus corações mandam. Mas usam pouco o cérebro e muito menos a ética.
Vou repetir, então, mais uma vez:
A Taça Brasil foi criada para ser o Campeonato Nacional de Clubes, em substituição do Campeonato Brasileiro de Seleções. Quem falou e fala isso é simplesmente João Havelante, o presidente da CBD à época, o homem que criou a Taça Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Campeonato Nacional (que só teve o nome de Campeonato Brasileiro em 1989).
A CBF só foi fundada em setembro de 1979.
Isso de ter dois campeões no mesmo ano, o Campeonato Paulista os teve por 11 anos. Portanto, há o chamado antecedente, o que em Direito é muito importante. Qual o problema de ter dois campeões no mesmo ano? O Flamengo não foi campeão carioca duas vezes no mesmo ano? O Corinthians e o Boca Juniors não foram campeões mundiais no mesmo ano?
Com todo o respeito, Alberto Helena, seus argumentos soam como desculpas de quem quer ser contra, mas não sabe como.
Se você respeita a história do futebol brasileiro como diz, então deveria ser o primeiro a apoiar a Unificação dos títulos brasileiros.
Esse campeonato que você e outros defendem, que começou em 1971, foi inchado pelo GOverno Militar para satisfazer os interesses da Arena (”Onde a Arena vai mal, mais um time no nacional”, lembra?), chegou a ter 100 participantes, mudava de regra a cada ano, e de nome também. Você sabe que o Campeonato Nacional se chamou Taça de Ouro e Copa Brasil por mais de 10 anos? Se é uma questão de nome, o “Brasileiro” só pode valer a partir de 1989. Antes teve outras denominações.
Admito e até gosto de críticas, mas de quem também tirou a bunda da cadeira e foi atrás dos fatos. Quem boquirrota informações falsas e opiniões sem sentido, apostando na eterna ignorância do nosso povo, não posso respeitar.
Prefiro um foca que se renda ao peso da informação, do que um veterano que se julga mais importante do que a notícia, que acredita que a versão dos fatos e mais importante do que os próprios acontecimentos.
Conheça primeiro o Dossiê, leia e analise com calma tudoo que está lá, lembre-se dos anos 60, os anos de ouro do nosso futebol e depois tenha a coragem de dizer que Pelé, Tostão, Gérson, Ademir da Guia não foram campeões brasileiros. pelé foi campeão sul-americano, do mundo e não foi brasileiro?
Sim, ganhou a Taça Brasil, o Robertão, que davam ao vencedor o título de campeão brasileiro.
Não importa se é D. Pedro, Lula, Obama, Fidel Castro, o que importa é que todos são líderes, chefes de Estado. O que se quer unificar não são os nomes, mas os títulos. Qualquer criança entende isso, mas alguns senhores da crônica teimam em não entender.
Se precisar de mais detalhes sobre estas competições, pode pedir. Não gosto de ver um amigo se desgastando com seus leitores por insistir em desculpas esfarrapadas que não correspondem à verdade.


Para mim não importa serem reconhecidos ou não os títulos, já me considero - há muito - mais campeão do que me reconhecem. Mas, o que vale é as pessoas se posicionarem sem levar em conta suas paixões clubísticas, pois mesmo querendo se mostra imparciais 'cagam regras' e nos mostram serem somente eles os guardiões da verdade.

Em meu caso, torcedor assumido e parcial do Palmeiras (esse espaço foi criado para isso), não me digo imparcial e jornalista, para mim é fácil ser parcial e defender a unificação. O que me espanta é uma 'inteligentzia' esportiva se dizer acima do bem e do mal, reivindicar para si a verdade absoluta e desqualificar aqueles que assumem posições e opiniões diferentes da maioria. Esses cometaram o pecado de assumir um lado na história, os outros - com argumentos apequenados - somente desqualificam.

Até tu Helena!
___________________
* Título Original: "Evil Dead"
Tradução: "Depende do Seu Ponto de Vista"

É, isso mesmo, pela bagunça que fizeram na tradução deste filme, até hoje ele é chamado por vários nomes. Primeiramente ele foi lançado nos cinemas como 'Uma Noite Alucinante - Parte 1 - Onde Tudo Começou', e quando chegou em vídeo, o nome foi alterado para 'A Morte do Demônio', mas alguns ainda preferem o chamar pelo título original americano 'Evil Dead', que seria, numa correta tradução 'Morte Demoniaca' e não 'A Morte do Demônio'. O Problema é que o segundo continuou com esse nome, e foi lançado como 'Uma Noite Alucinante' e o terceiro exemplar se chamou... Uma Noite Alucinante 3. Tudo isso se deu pela causa de que o segundo filme chegou no Brasil antes do primeiro...

Um comentário:

  1. Caro Ademir,

    Não há surpresa. Aliás, se fosse surpreendente eu seria um profeta:
    Abaixo, meu post no CRUZ no dia 24 (uma semana atrás).

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    Esqueçam a oficialização.
    A parada não tem bambi, não tem gambá e não tem urubu, portanto NÃO TERÁ o apoio da mídia.
    Teorias muito bem articuladas, pseudo-eruditas, profundamente embasadas na “pombilhoca da cruzeta póstuma anterior da caixa heólica-plana” irão, seriamente, ridicularizar o movimento.
    A coisa vai ter desde momentos “pau de arara” patrocinados por Flavios Prados, Langs e tintas Lukscolor, momentos “eu era palmeirense, mas agora sou legal viu turma?” conduzidos por PVC, até momentos “regra é crara” aos cuidados de Birners, Cosmes, Inhos, Ucas e a turma das irmãs Galvão (ó o Helena aqui gente!).

    Em resumo, a história do futebol será tratada de maneira clubística. Muita pressão contra.

    A CBF vai afinar. Como a FIFA afinou.

    ---------------------------------




    Deprimente é ver, novamente, um jornalista que assinou um livro contanto a história do Palmeiras (?!) com essa atitute.
    Veja abaixo que ele não responde ao Odir, mas procura atingí-lo na resposta a um outro post.
    Bastante ético não Helena?!
    Aquela pose socrática, sofismática, intelectual, esconde apenas um bambi com opinião de torcedor de boteco (sem ofensas aos torcedores de boteco!).




    # 26/03/2009 - 08:49 Enviado por: Prof. Mauricio Braga

    O Odir tá estressado heim… Parece mais o método Socrático para enfiar ‘a verdade’ goela abaixo do que uma discussão teórica…

    RESPOSTA DO HELENA - Permita-me o professor discordar, embora concordando com o espírito de sua mensagem. A mim me parece menos socrático e muito mais um dos arranjos sofistas para enfiar na mente dos discípulos uma falsa realidade. Isso, admitindo-se que o nível de racionalização atingisse aquele dos antigos gregos.

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