Minha opinião e algumas sugestões sobre venda de ingressos. Desde já avisando que se trata da opinião de um leigo – que apenas pena para ter o seu ingresso e ver os jogos do seu time do coração – mas, não entende nada de economia e de marketing:
1. Sou favorável ao sistema de vendas do setor Visa e que haja carnês para todos os setores;
2. Sou favorável que sócios não paguem ingressos (ou tenham vantagens ao adquiri-los);
3. Sou favorável ao ingresso para organizadas, desde que pagos; e,
4. Sou favorável a se oficializar os cambistas, desde que com regras claras e capitalistas.
1. Acho que para todos os setores do estádio deveria haver a possibilidade de se comprar uma cota de ingressos antecipadamente e de forma facilitada (O Visa vende em até 3 vezes o pacote para os dezenove jogos que o Palmeiras fará em casa no campeonato brasileiro). Além disso, se os preços do Visa são exorbitantes é porque o setor é o de melhor visibilidade do estádio; então, os preços devem ser diferenciados para os outros setores, pois o preço de quem assiste ao jogo atrás do gol, por exemplo, não pode ser o mesmo daquele que o assiste na área central do estádio;
2. Sei que pode ser inviável financeiramente ao clube os associados não pagarem por ingressos, mesmo sabendo que isso acontece nos jogos do Internacional de Porto Alegre, mas outras alternativas neste sentido podem ser pensadas. Por exemplo, o associado pode comprar uma cota de ingressos – de acordo com sua disponibilidade financeira ou de tempo – e ser-lhe cobrado na mensalidade seguinte; ou ainda, o associado pode utilizar-se de sua carteirinha no dia do jogo, passá-la pela catraca, adentrar ao jogo e ser-lhe cobrado na próxima mensalidade. Alguns dirão: mas não há como saber quantos associados freqüentam os jogos. Eu direi, basta fazer um estudo (isso é possível) e fazer uma média de quantos associados freqüentam as arquibancadas, cadeiras ou numeradas. Em tempo: campeonatos com semifinal, final ou ‘mata-mata’, onde não há como saber se o time chegará à fase seguinte, como distribuir os ingressos de uma possível partida extra (semi, final ou jogo seguinte)? Por ‘status’: quem mais jogos acompanhar tem a prioridade. As organizadas? Na média dos ingressos solicitados e adquiridos;
3. Gostaria de saber qual o problema de haver uma cota de ingressos reservados às organizadas desde que pagos? São torcedores que acompanham o time e vão à maioria dos jogos, sejam eles no Palestra ou em outros estádios. Até do ponto de vista capitalista é vantajoso. Aqui vale a regra de que sejam pagos e que não sejam entregues em consignação. A organizada também deve dimensionar seu público, se dimensiona que haverá a procura por 1.000 pague por ele, se dimensionar que serão 2.000 vale a mesma regra. Pagou, levou, lucrou ou teve prejuízo, é por conta de quem se propôs a comercializar o produto: a organização; e,
4. Sou favorável que haja cambistas com regras estabelecidas. Em todo lugar do mundo eles existem, mas devem correr os riscos do capitalismo. Não pode ser da maneira que é hoje, onde eles são foras-da-lei e, em conluio com outros marginais – os de dentro de clubes – conseguem ingressos em consignação. Eles têm que pagar pela cota que querem vender (como toda empresa capitalista), aí, se oferecerem serviço de entrega em domicílio, venda por telefone ou internet (vantagens ao torcedor), e alguém se propor a pagar por isso, é do capitalismo. Estará este torcedor pagando um ágio pelo serviço oferecido, não pela lei de um mercado negro, que cria as dificuldades para muitos para facilitar a vida de alguns: os bandidos.
Acredito ser difícil um torcedor não se encaixar no perfil (consumidor) de nenhuma das categorias acima descritas: o ‘comum’ (como são taxados aqueles que não são de organizadas), o organizado e o associado ao clube. Mas, caso não se encaixe em nenhuma dessas categorias, seja um torcedor – de outro estado, por exemplo – poderia haver uma cota reservada para estes (im)previstos, mas – se é de outro estado, outra cidade, ou outro país – acredito que não vá querer se deslocar até aqui, enfrentar filas e correr o risco de ficar sem o ingresso; buscará uma das alternativas acima apresentadas: Visa, cambistas legais, organizadas (quando for o caso) etc.
Com estas medidas acredito que consigamos amenizar o problema da MÁFIA que se apoderou do comércio dos ingressos nos jogos do Palmeiras. Máfia essa que tem cara, nome e sala onde dá expediente. Basta vontade da atual diretoria, que por sinal se elegeu dizendo que mudaria o Palmeiras, mas que até agora – neste quesito – não mudou em nada, até piorou. Semana que vem o nome aos bois.
Como eu disse, é apenas a opinião de um leigo. E você, o que pensa disso? Dê sua opinião e sugestões para mudar esse estado de coisas. Na próxima semana, depois de gritarmos é campeão discutiremos mais aprofundadamente sobre este tema, mas – se quiser – o leitor pode desde já opinar sobre o assunto.
Semana que vem recoloco o assunto em pauta.
FELIZ ANO NOVO, PARMERADA!!
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E lá vem um novo ano… E ele certamente vai ser como o que está se acabando…
uma montanha-russa de emoções. Alegrias imensuráveis, outras pequeninas,
mas ta...
Há 10 meses
Carca, não achei o tópico... Mas mando aqui meu comentário - coloque onde achar mais fofo.
ResponderExcluirOBS: Mandei só o trecho que importa, minha opinião, porque a íntegra era mui longa:
"(...)Será mesmo possível que ninguém previu o que poderia acontecer? Ninguém sabe a que extremos se estende uma turba que foi relegada, achacada e desidratada pelo sol? Deus me guarde de pensar assim, mas não é um horror perguntar: e se não foi só incompetência? E se confusão beneficia não só o cambista que ganha mobilidade para abocanhar a bilheteria e mastigar o torcedor impaciente?
Note que já não falo da assessoria do Verdão - domingo passado havia gente da cúpula do Parque com vinte ingressos nos bolsos, em Campinas, ingressos que o distinto nem usou. A assessoria pode ter chupado uva ontem, mas não é a mesma de outros anos, quando já ficamos sem entrada contra o Flamengo, na Copa do Brasil. Ou contra o Cruzeiro, ou contra o Boca na Libertadores - ou em qualquer jogo de peso que tenha tido o Palestra como palco de um longo tempo para cá.
Na outra ponta, tem gente ali com aquela plaquinha de patrimônio do Palestra rebitada no calcanhar, feito um móvel carcomido ou uma cadeira rasgada, onde outro velho flatulento se refastelou a vida toda (não estou falando de nenhum boi senil em particular, pode escolher qualquer um deles).
Mais uma vez na vida presencio o volume da carteira dividindo como uma espada nossa gente; divide uma torcida em duas como se rachasse uma família que nunca foi a nossa; o ódio ao cambista, num primeiro inflar de alvéolos superaquecidos, é inevitável. O refresco é ver cambista sendo preso, mas agora me pergunto: neguim que passa droga na esquina, tem 30 mil parangas em casa? Tudo dele? É ele quem faz a droga, quem organiza a logística do bagulho, instruindo outros cururus, indicando como se plantarem nas esquinas não tão manjadas?
Em outras palavras: a porra do cambista é quem fornece o ingresso do espetáculo? A porra do cambista arrombou, por acaso, o cofre do carcamano e roubou os bilhetes? Não. Como então, amico, ele conseguia vender arquibancada a R$100,00 às oito da matina, sendo que a bilheteria só abriu às dez? E o cambista foi dormir mais rico? Mais gordo, velho, obsoleto? Vai acordar amanhã mais filho da puta do que já era?
Não?... porque alguém lá de dentro vai. Lá de dentro e lá de cima, aqui ninguém é idiota.
Canalhas que não largam a vitela há décadas: isso era hora? Quando a torcida fazia o mais bonito, quando ela erguia solene todos os seus tons de verde numa parábola que estava recriando um céu que é só dela!
O Palestra já era nosso de novo, máfia de vendidos; nossa casa, trincheira e orgulho. Engana-se meu amigo Ademir, quando diz que passamos um atestado de incompétência; foi de podridão. Mostramos, sim, para quem mais queria ver, o quanto estamos velhos por dentro, paisano... O que a imprensinha vai sentir agora, é o nosso odor deletério, o odor que tentamos esquecer que existia, falando palavras bonitas por dias a fio. Eu penso em dormir com a cara no forno, hoje.
Foge, há quinze anos, o bom palestrino barrado - então foge mais um pouco; já intui, atrás do pescoço, aquele sibilar da astuta serpente retornando com o fel: - precisou vir alguém com legitimidade de lá de cima para tirar vocês da lama e da fila, porque vocês não prestam e nem nunca prestaram, oriundi disgraziati...
É o que se vai sussurar agora na mesa e no jornal, de modo sutil e velado - porque essa corja não tem amor ao Palestra, não tem nenhum carinho por sua torcida. E foi a carcaça escondida no meu jardim quem finalmente transformou a Turiassu em praça de guerra. Em campo, va bene; mas a ganância dessas múmias coloca em cheque tudo que conquistamos recentemente, fora dos gramados.(...)"
Ademir, eu tenho um amigo que tem um season ticket do Arsenal - vou pegar todos os detalhes e te passo assim que possivel.
ResponderExcluirAdemir, aqui vai a resposta do meu amigo, em ingles. Eu tenho algumas ideias de como adaptar isso para a realidade brasileira e para a incerteza quanto aos locais dos jogos. Depois escrevo com mais calma.
ResponderExcluirArsenal season tkts are for all home games (premiership, fa cup, champions league but not carling cup). Chelsea exclude champions league but includes carling cup. No need to give notice, just show up, u sit in the same seat all season. At arsenal, u have a magnetic card that gets u in the stadium. Most clubs give you a book of tickets and u tear one off for each game. Away game tkts are fairly limited (abt 1000 to 2000, depending on size of stadium) so they have a points system called the away club for season tktholders, where u collect points for each away game u go to, and the allocation of tkts for the better or london games which are always popular is based on how many "away club" points u have accumulated. I think clubs try to sell as many of the seats as season tickets (cash upfront and certainty) and only keep a small percentage to be released over time. Arsenal sell these tickets directly from the stadium or post, there are always long queues, mostly brokers or touts, I suspect. Reckon brokers mainly get their tickets this way although I have sold my season tickets through brokers if I can't make a game. They then return my card shortly after the game, so u gotta know your broker, though if the ticket is lost, arsenal can simply issue a new one since its all electronic. Arsenal also run a scheme where season ticket holders can sell their tickets to each other and fan club members on a per game basis, all trading is done at face value.
Obrigado a todos que tem comentado esse tópico. Vou pedir a um amigo que fala inglês fluentemente, e morou na Inglaterra, para traduzir a resposta do amigo do Alvaro. Em breve publico a resposta traduzida. Vamos continuar debatendo. Valeu.
ResponderExcluirAdemir, aqui esta a minha traducao:
ResponderExcluirOs carnês do Arsenal são válidos para todos os jogos em casa (Campeonato Ingles, Copa da Inglaterra, Liga dos Campeões da Europa mas não para a Carling Cup. Os do Chelsea excluem a Liga dos Campeões mas incluem a Carling Cup. No Arsenal você tem um cartão magnético que permite a entrada ao estádio. A maioria dos outros clubes dão um carnê de papel e você destaca um ingresso para cada jogo. Jogos fora de casa têm ingressos limitados (de 1000 a 2000, dependendo do estádio) então eles têm um sistema de pontos chamado "clube dos visitantes" para os detentores dos carnês. Deste modo, a alocação de jogos mais concorridos ou em Londres quando o Arsenal não é o mandante é baseada no número de pontos acumulados neste sistema do "clube dos visitantes". Eu acho que os clubes tentam vender a grande maioria dos ingressos em formato de carnê (garantindo dinheiro adiantado e a certeza dos ingressos vendidos) e ficam apenas com um número pequeno para serem vendidos perto do jogo. O Arsenal vende esses ingressos adicionais diretamente no estádio e sempre há longas filas, geralmente formada por cambistas, eu acho. Acredito que os cambistas obtém seus ingressos desta maneira apesar de que eu mesmo vendi ingressos do meu carnê para cambistas quando não pude comparecer a um jogo. Após o jogo, os cambistas me devolvêm o cartão, então é importante confiar nele. De qualquer forma, o Arsenal sempre pode emitir um novo cartão caso eu perca o meu, dado que ele é eletrônico. O Arsenal também têm um sistema em que eles facilitam a venda de ingressos por parte dos donos de carnês entre si e para outros torcedores (todos vendidos a preço original, sem ágio).
Valeu de novo Alvaro. Pelo trabalho de entrar em contato com seu amigo na Inglaterra e pela tradução. O meu inglês é meio 'macarrônico", então demoraria uma eternidade para fazer algum sentido. Vou, na próxima semana, publicar o texto (traduzido) de seu amigo, ok? Abraço.
ResponderExcluirClaro, Ademir. Caso isso seja levado a quem pode implementar, eu me coloco como voluntário para pesquisar sobre outros times também.
ResponderExcluirPelo estatuto do torcedor, a obrigação é vender ingressos em 5 locais na cidade (o que não aconteceu.)
ResponderExcluirO Palmeiras, a PM, a CET e quem mais de direito deve organizar as filas desde que ela começa a formar - 2 dias antes.... com grades, impedindo o bloqueio das calçadas, não invadindo as ruas.
O Palmeiras deveria liberar a entrada do estádio e organizar a fila DENTRO do estádio, assim esvazia as ruas e oferece maior conforto para o torcedor.
Para os sócios, vender ingressos somente para associados, com a apresentaçào da carteira - vou comprar para mim e mais 2? Tenho que apresentar 3 carteiras de associados, cujo os números serão anotadas, para evitar ser usada novamente.
E, de novo, mudar quem dirige o Palmeiras. Os métodos e práticas são do tempo do autoritarismo, nunca vi gente mais desorganizada e incompetente para administrar. Grosseiros, mal educados, desrespeitosos, autoritários, arrogantes, incompetentes, corruptos. Todos os dirigentes? a maioria?