Por:JOTA CHRISTIANINI, in: Terceira Via Verdão.
As escolas de sambas antes de entrar para o desfile fazem na concentração uma espécie de catarse coletiva. Cantam a toda força alguma música de exaltação, regra geral um sucesso da própria escola para unir o grupo, e mostrar as garras para o desfile que começa a seguir.
Tradicionalmente o Grêmio Cultural e Dramática Estação Primeira de Mangueira sobra no quesito. Seu grito de guerra é conhecido ao longe, basta o Jamelão cantar o primeiro verso e o mundo carnavalesco parece cantar junto "mangueira teu cenário é uma beleza que a natureza criou".
Nesse instante quem vibrava mais: Cartola, Nelson Sargento, Grande Otelo, Carlos Cachaça, Dona Zica, ou Dona Neuma?
Todos!
Dá um corte!
Tá certo que estamos no meio do carnaval, mas o assunto aqui é Palmeiras. O Palestrão velho de tantos carnavais ganha o Paulistão de 93, raça das raças, ganha e goleia seu tradicional rival, 4x0. Sábado, não é de carnaval, é dia dos namorados, mas o Palmeiras é tão grande e forte, que inverte as festas. Passa a ser sábado de carnaval.
Dia seguinte Brunoro, comandante do Palmeiras na conquista, vai à mesa redonda onde encontra Dona Zica e Dona Neuma que estão por lá fazendo promoção da Escola de Samba da Mangueira.
Avallone, com indisfarçável alegria, elogia a conquista, elogia Brunoro, aliás naquela noite o Avallone elogiou até um abacate que viu na feira, só porque era verde.
Às tantas, Dona Neuma e Dona Zica interrompem e pedem a Brunoro uma camisa do Palmeiras. Brunoro atende e Avallone pergunta se é algum presente ou lembrança. Dona Neuma bate de sem pulo.
"Presente nada! Somos palmeirenses, sempre fomos".
Espanto geral.
O Verdão é o Verdão também no Morro da Mangueira?
Dona Neuma dá o mote:
"No fim dos nos quarenta, um sujeito daqui de Sampa aprontou alguma coisa, que não vamos citar agora, e precisava ficar uns tempos fora de circulação. Era de família mais que tradicional, e um amigo nosso pediu que déssemos guarida ao paulista.
Lá chegou, lá ficou e gostou, simpático, boa gente, nas rodas de cerveja e samba, falava tanto, e tão bem, do Palmeiras que fez de todos nós palmeirenses.
Até hoje!
Lembro da festa que ele deu quando o Palmeiras ganhou o mundial de 51. Ficamos três noites cantando, dançando e bebendo.
Era legal aquele sujeito; é legal ser palmeirense!"
Ademir , como vai?
ResponderExcluirÉ com imensa satisfação que leio , depois de tanto tempo postada , essa mensagem que me lembro como se fosse hoje.
Desde o final do ano passado tenho lido muito quase todos os sites/blogs palmeirenses que existem. Faço isso pois não aguento mais tanta perseguição e tantas tentativas de tumultuar o ambiente em Palestra Itália , como vem acontecendo (eu sei que sempre foi assim , mas ultimamente está inaceitável).quero , de alguma maneira , ajudar a acabar com isso ou pelo menos igualarmos as forças contra essa corja.
Nessas minhas nevagadas , ví esse texto sobre a Mangueira e não pude deixar de comentar. Como amante das escolas de samba - principalmente as do RJ - e palestrino desde sempre , tenho guardado até hoje na memória esse programa. Já fui motivo de gargalhada e passei por mentiroso em quadras de escola de samba quando contei tal fato. Cheguei a entrar em contato com a tv gambazeta para solicitar uma cópia do programa , mas não fui atendido. Bom , só queria deixar registrado o prazer que foi ter lido esse post.
Parabéns pela lembrança e parabéns pelo blog.
Para terminar , fui dar uma olhada - pela 1a vez - no tal blog do paulinho - pois não aguentei mais "ignorar" alguém que eu nunca tinha lido e que vcs tanto "elogiam"!
Tenho nojo e , infelizmente , tenho vontade de agredir tanto esse sujeito quando o seu "professor" JK caso os encontre na rua.Não o farei pois sei dos prejuízos que tal atitude pode me trazer. O que podemos fazer para que esse monte de invejosos (prá dizer o mínimo) pare com tanta perseguição?
Um grande abraço e mais uma vez parabéns!!!
Bruno D'Angelo
Não faca nada. Somente ignore os idiotas...
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