Esquizofrenia

O motoqueiro, cover de jornalista, não satisfeito em fazer o jogo da oposição palmeirense, capitaneada por Mustafá Contursi, agora volta suas baterias contra os torcedores do Palmeiras.

Veja o que escreve um de seus leitores e a resposta do motoqueiro:

“Leitor: Site de baixo nível feito por torcedores palmeirenses? Aí não dá... todos eles são de baixo nível...”

“Motoqueiro: “todos acéfalos....”

Esse é o nível de gente que anda freqüentando a imprensa esportiva. Esse é o nível de gente que anda saindo das faculdades de jornalismo. Compactua com a intolerância. Depois, ao primeiro confronto entre torcedores, dirá o "CÉFALO JORNALISTA" que são vândalos, bandidos... Que isso não pode continuar. Elegerá até um novo inimigo para combater. Quem sabe um promotor público, um presidente, um dirigente esportivo.

Não percebeu o “CÉFALO” que no texto de seu leitor há um profundo desrespeito (para não dizer ódio) contra os palmeirenses: “...todos eles são de baixo nível...”

Diz o leitor do “CÉFALO” que a mídia alternativa Palmeirense é ligada a grupos políticos. Ora, digo eu, ultimamente todos somos, inclusive alguns membros da imprensa. Afinal, fazer o jogo da oposição do Palmeiras não é a mesma coisa? Não é tomar partido?

Mas, ao que mais interessa.

Finalmente, depois de quase dois meses de notícias sobre a tal ATA apareceu quem divulgou os valores que foram noticiados (cobramos isso desde a divulgação dos valores). Depois de esquentarem e requentarem a notícia se saem com um diretor de marketing de ‘teria dito’. A mim interessa saber, mas isso eles não dirão, claro, a fonte sigilosa que forneceu a ata aos jornalistas.

Além disso, Kfuri, Birner e Paulinho não entenderam, e não explicaram a seus leitores, é que aquilo é apenas uma ATA. Nessa ata, na página quatro, há três parágrafos sobre o patrocínio e seus valores. Lá se diz sobre o valor do PATROCÍNIO DAS CAMISAS. Outras ações, prêmios, bonificações etc. não são nem sequer citados, somente um prêmio por conquista.

O contrato, firmado entre duas entidades de direito privado, é sigiloso. Os valores não podem (há uma cláusula de sigilo) ser divulgados. O professor Beluzzo deixa isso claro, várias vezes. Beluzzo disse também que a ata é verdadeira. Só isso.

Mas, os valores do contrato não importam. Para mim isso é letra morta. Se o valor é de 8, 10, 20 mi não me interessa.

O que me interessa é saber o que ganharam Kfuri, Birner e Paulinho com o vazamento da ata. Para quem diz que apóia diretorias modernas, dar ouvidos e tornar público um instrumento particular (A ATA DA DISCÓRDIA), que todos sabem de que forma veio a público (e por quem) é, no mínimo, estranho.

Dirão que são jornalistas. Por isso, têm compromisso com a notícia, com a informação. Para eles, está aí a relevância da ATA e da notícia. Meia verdade. Ser instrumento da luta política interna de um clube de futebol não é – não deve ser – papel de nenhum jornalista.

Imaginem um incêndio. Uma criança alí, entre as chamas; um jornalista - exercendo o seu papel de relatar os fatos. A pergunta que fica: escrever, relatar e noticiar o fato que está alí ocorrendo, no instante; ou salvar a criança?

Eu não sou jornalista, não tenho dúvida do que faria. Mas, me parece que alguns relatariam o fato; a criança é uma perda calculada... Em nome do jornalismo, da profissão, e quem sabe, de algo mais.

Em tempo: Espero agora as atas do Corinthians (Medial Saúde) e do SPFW (LG).