Essa veio lá do Nação Palmeiras. Isso, a coisa dos ingressos, já foi denunciada aqui inúmeras vezes. Parece que o problema é insolúvel. E ainda ficam bravos quando criticamos. Parece que temos que aceitar tudo caladinhos, afinal os tempos são outros e os mandatários são diferenciados.
O que há de errado com a venda de ingressos?
Espaço Leitor por: Zé Mário
Não sou nenhum especialista em logística e acredito não ser preciso para observar que existe algo errado na venda de ingressos para os jogos do Palmeiras.
A empresa Outplan, ganhadora da concorrência, logo após ser anunciada, apresentou seu projeto para solucionar os problemas relacionados à comercialização dos ingressos. Entre as promessas haviam:
- 40 postos de venda espalhados pela Grande São Paulo.
- Venda de ingressos de todos os setores pela internet.
- Compra através dos cartões de crédito, de débito e cartão tipo Bilhete único, além da compra por celular (essa todos já duvidavam).
- Horário de venda estendido nos postos de venda (até 21 horas).
- Utilização de um telão nas bilheterias do Palestra para que os torcedores saibam quantos ingressos ainda restam para serem vendidos.
Tudo parecia resolvido. Não teríamos mais filas, poderíamos comprar no conforto dos nossos lares, os cambistas seriam quase eliminados, teríamos que se deslocar muito pouco para conseguir nossos ingressos, etc.
No primeiro jogo que eu pude ir, após a implantação inicial do sistema da empresa, notei uma grande melhora – era o jogo do Palmeiras contra o Sport pela fase de grupos da Libertadores.
Comecei a acreditar que o sonho poderia ser real. A empresa disponibilizou 17 postos de venda espalhados por São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e Guarulhos, além das bilheterias do Palestra Itália.
Como trabalho na região de Osasco, achei ótimo o posto no Osasco Plaza Shopping. Comprei meu ingresso após almoçar e já me via em todos os jogos, mas como tudo que é bom dura pouco logo essa história começou a mudar.
A empresa ao invés de continuar a implantar o projeto anunciado começou a desmontar o pouco que havia implantado.
Para o jogo contra o Sport pela oitavas o número de postos de venda caiu para 7 sendo que 6 eram na cidade de São Paulo e 1 na cidade de Santo André. Nessa eu já “dancei” afinal o posto de Osasco foi eliminado. Tive que assistir o jogo pela Internet pois esse não foi transmitido na programação aberta.
Para o jogo contra o Nacional-URU o número de postos caiu novamente. Agora eram apenas 5 e todos em São Paulo.
Hoje, terça feira, após o serviço, fui até um desses pontos na Av. Paulista comprar meu sonhado ingresso. Depois de uma hora entre CPTM, ponte orca e metrô, fui informado, para meu espanto, que os ingressos estavam esgotados em todos os pontos de venda exceto no Palestra onde ainda restam ingressos de todos os setores. Aí eu me pergunto:
- Porque ao invés de disponibilizar a grande maioria dos ingressos em pontos de venda que atendem após o horário comercial (favorecendo os trabalhadores) nossa cara empresa concentra a venda no estádio, que para de atender às 17 horas (privilegiando os cambistas)?
- Não seria mais lógico e funcional implantar um sistema, como na venda de passagem de ônibus, onde você pode comprar, a partir de qualquer ponto de venda, qualquer um dos ingressos ainda disponíveis para a partida?
Como tragédia pouca é bobagem, acredito que na semi-final teremos apenas 2 postos de venda e na grande final só nos restará as filas intermináveis no Palestra Itália. Mas como tudo é festa ninguém se importará. Será?
Esse é apenas um desabafo de mais um torcedor que tenta comprar seu ingresso e não consegue. E por um único motivo: ELE TRABALHA.
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