Futebol, um detalhe - atualizado

O jogo de hoje me deixou extremamente chateado. Empatar com um time que tem uma única jogada, e quase perdermos por covardia de um técnico decadente, é assunto para depois da Libertadores. Hoje vou me ater – mesmo que rapidamente – no fator torcida.

Um público como o de hoje, com menos da metade de nosso espaço tomado, é uma vergonha. Não para nossa torcida, pois ela sempre que é chamada – e mesmo quando é rechaçada – comparece.

Fim de mês, três jogos seguidos em casa – o jogo em Barueri é casa -, decisão na libertadores no meio da semana, e nossa diretoria nos presenteando com R$ 40,00 como preço mínimo.

Só podem estar de brincadeira. Aliás, brincam conosco há tempos, pois querem mesmo é um ‘torcedor qualificado’ freqüentando nossas arquibancadas. Querem nos alijar do convívio com nosso amado Palmeiras.

O problema na venda dos ingressos continua. Não imagino um economista, reputado e lembrado para cargos nos mais altos escalões da república, convivendo com tamanha incompetência. Ou será que não é incompetência? Ou o professor Belluzzo capitulou? Será que Keynes só faz sentido na teoria?

Na realidade o problema, meus caros, é que não somos mais bem vindos. Querem mesmo é outro tipo de ‘gentes’ nos estádios.

Nós, pobres apaixonados pelos Palmeiras – e pelo futebol -, somos o ruído, não fazemos falta; ou melhor, fazemos – mas, somente quando os qualificados, como hoje, não comparecem. Aí, a diretoria procura os motivos por nossa ausência, apesar de saber – pois ela é quem nos alija – da verdade e da razão.

A triste constatação é que em tempos passados, não remotos, vozes se levantavam contra esse arbítrio. Hoje, o silêncio é ensurdecedor. Em nome de um futuro que nos prometeram vitorioso vozes se calam, e até se aliam à exclusão.

Dias tenebrosos virão, onde nossas arquibancadas, com outras denominações mais ‘marquetológicas’ serão tomadas por consumidores e/ou homens de negócios, onde o futebol será apenas um detalhe, onde gritos de incentivo serão apenas lembranças de um passado, pois eles – os gritos – serão para comemorar o fechamento de um grande negócios.

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Acabei de receber o informe sobre a venda dos ingresso para o jogo de quinta contra o Nacional do Uruguai. O preço? Majorado, é claro. A arquibancada sai por módicos R$ 50,00.

E ainda tem gente, lá no clube, que interpela associados que criticam isso. Dizem, com a boca cheia, feito coronéis da época mustafenta: 'não tem FDP que vai criticar a diretoria agora?'. O chapa-branquismo chegou a um ponto insustentável. A desfaçates dessa diretoria também.

Em tempo: Parei, me venceram, não vou ao jogo de quinta. Coisa que não faço há muito. É a minha forma de protestar. Forza Palestra!, apesar de termos uma diretoria de FILHOS DA PUTA!

Renuncia Belluzzo!