Não, não se trata de um balanço da participação do Palmeiras como um time de futebol no primeiro turno do campeonato. Será um balanço sobre os números da instituição Palmeiras nesta primeira parte do campeonato nacional de 2008.
O dividirei em duas partes, para não me tornar longo, mas vou avisando que as duas partes estão intrinsecamente ligadas, pois são – como direi? – faces de uma mesma moeda, são talvez causa e efeito; são talvez a mostra de que dá para se participar de um campeonato, lucrar com os valores dos ingressos, e não achacar – como vem fazendo a diretoria do Palmeiras – com sua torcida.
Comecemos com a parte da incompetência, talvez omissão – quem sabe submissão.
Explico-me.
Antes de se iniciar um campeonato há diversas reuniões para se acertarem – todas as equipes – seja no que se refere ao regulamento (nos últimos tempos vem se repetindo ano a ano o mesmo regulamento, o que é bom, sabemos – incluindo aí os torcedores – como será a fórmula de disputa, quem cai, quem sobe da segunda para a primeira – inclusive o número, quantos serão os classificados para a libertadores, para a Sulamericana etc.), à premiação, à tabela. É neste último item que quero me apegar neste momento.
Existe na prática do futebol brasileiro uma data e um horário que foram consagrados pelos torcedores como sendo ‘nobres’, como sendo o horário em que o torcedor se acostumou a freqüentar o estádio de futebol para acompanhar o ‘esporte bretão’. Trata-se do domingo, no horário das 16h00. Acontece que motivos outros, seja por conta de datas reservadas para jogos da seleção, por compromissos relativos à participação em outras competições (copas sejam quais forem), horários definidos pela televisão...
Até aí o torcedor reclama, sofre, mas – amiúde, compreende e até comparece para assistir seu time do coração. Entretanto, não dá para compreender que um time da grandeza do Palmeiras não tenha, durante todo o primeiro turno, durante as nove partidas que atuou como mandante, atuado nenhuma vez no dia e no horário em que a torcida elegeu como sendo a de sua preferência.
Veja a tabela abaixo e depois continuamos a discorrer sobre ela.
Isso mesmo, como mandante o Palmeiras atuou em seu estádio, no domingo, em apenas três oportunidades, e em nenhuma das vezes no horário das 16h00. Além disso, nas outras seis oportunidades atuou no meio da semana (quarta e quinta-feira), sendo que em duas oportunidades – por conta de um contrato que nos torna escravos (sim, nós os torcedores também somos) de uma emissora de televisão que resolveu que uma novela tem prioridade sobre o esporte nacional, e que os torcedores que se arrumem para voltar para as suas casas depois de jogos que terminam – invariavelmente – no limiar de um novo dia.
Tivesse a diretoria do Palmeiras ‘colhões’ – isso mesmo, bagos -, fosse uma diretoria que respeitasse seus torcedores, não nos submeteria a isso.
Além disso, tenho a absoluta certeza de que com jogos em horários mais acessíveis durante a semana, bem como, com o respeito à tradição dos jogos aos domingos às 16h00, a presença de público seria bem maior. Com isso, a necessidade de se majorar os preços dos ingressos para aumentar as receitas seria menor, logo, não estaríamos sendo achacados para acompanhar nossa equipe.
Uma questão de bom senso, colhões, respeito ao torcedor, vontade política...
Abre o olho diretoria, a paciência da torcida pode – em algum momento – chegar ao fim.
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Na próxima postagem tratarei do preço médio dos ingressos (por isso disse que este tem tudo a ver com o próximo).
Aguardem para amanhã os valores as quais somos submetidos por esse estado de coisas!
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texto sem revisão
FELIZ ANO NOVO, PARMERADA!!
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E lá vem um novo ano… E ele certamente vai ser como o que está se acabando…
uma montanha-russa de emoções. Alegrias imensuráveis, outras pequeninas,
mas ta...
Há 10 meses
Fla, meu caro! Excelente texto - e didático para alguns... Já está devidamente linkado, esperando a continuação. Abraços!
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