Hoje, depois de quase uma semana de procura e angústia o meu ingresso para o jogo de domingo apareceu. Tinha quase que absoluta certeza que ele apareceria. Foi um amigo, que é amigo do amigo... Do amigo, de um amigo... Já estava quase que me resignando em ver o jogo pela TV; seria lá nas imediações do Palestra, mas seria pela TV.
Confesso que no momento em que me foi comunicado o ‘achado’ minha barriga esfriou. Sabe aquela sensação que mistura um bocado de medo com uma pitada de incerteza? Coisa tipo o primeiro beijo. Coisa da primeira transa. Sabe aquele frio na espinha, a perna tremendo, o não saber se está se fazendo o certo ou o errado, o medo do novo? Sabe aquele misto de vontade de fugir e a outra parte de si querendo enfrentar o desconhecido? Pois é, foi isso que senti. Quase disse que não queria, mas não poderia deixar de encontrar o ser amado, encará-lo de frente, afrontá-lo, saber se me ama também.
A certeza da reciprocidade é tanta, mas ‘pintou’ aquele momento de vacilo, aquela dúvida, será que vai dar certo? Pintou a incerteza...
Não é mais uma incerteza do não saber o que fazer, pois não é mais o primeiro beijo, nem a primeira transa. O problema é que pintou a dúvida do não saber o que virá depois. Não saber o que fazer no dia seguinte.
Depois, o que faço? Será que mando flores e convido para mais um beijo e mais uma transa, pois tudo foi maravilhoso, perfeito e sem traumas? Ou será que nada foi como imaginei? Tudo foi traumático, não mando flores, mas – mesmo assim -, aposto na relação, pois afinal, estou – e sempre estive e estarei - apaixonado?
O problema é que não me restam opções, não há outra. Para mim só há uma saída, apostar na relação, pois já – desde sempre – estou (e estive) apaixonado. Caso haja algum problema só me resta discutir a relação, não há outra saída, pois estou extremamente envolvido com esse relacionamento, desde que nasci, como se meu coração (e minha alma) fosse prometido – antes de nascer – a um único amor, o Palmeiras.
No domingo a noite, caso o beijo e o gozo tenham sido da maneira que imaginei, mandarei flores, ouvirei - mais uma vez - aquele barulho do espocar de foguetes no fundo de minha alma e aí, abrirei um sorriso convidativo para outras noites (e dias) de felicidade; caso não tenha sido como o imaginado discutirei a relação, mas de qualquer maneira, como um bom amante que sou, que se entrega de corpo e alma ao ser amado, estarei lá, fiel, entristecido, mas pronto para esperar um outro momento de alegria e de prazer. Como sempre.
Por isso, espero que no domingo venha o gozo, a alegria e a felicidade; frutos de uma relação que perdura há mais de 40 anos (42 anos exatamente). Eu sei que mereço mais uma vez isso. Eu mereço esse reconhecimento, pois essa relação é mais que paixão, é mais que amor, é cumplicidade.
Espero ser retribuído.
FELIZ ANO NOVO, PARMERADA!!
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E lá vem um novo ano… E ele certamente vai ser como o que está se acabando…
uma montanha-russa de emoções. Alegrias imensuráveis, outras pequeninas,
mas ta...
Há 10 meses
Ademir, cê sabe que Raphinha não erra (lembra aquele 4 x 3 em cima da Lusa emm 2003?)
ResponderExcluirFique tranquilo, amigão! É 5x0 e eu que pago a cerveja! Vamos ao estádio juntos, caracamano!