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26 de abr. de 2008

Imprensa, ah! a imprensa...

Que os diários oficiais bambis aqui da capital paulista precisam se reciclar não temos mais dúvida, mas eu sugiro que se espelhem no interior; não muito longe daqui a aproximadamente 120 km há uma cidade, uma grande cidade, que mostra que até em sua crônica esportiva tem grandeza.

Leiam o que 'deu' no Correio Popular de Campinas na edição de hoje:

"Após ser roubada por Corinthians e São Paulo, Ponte Preta espera pela primeira final limpa

Sábado, 26 de Abril de 2008 - 11:44h - Correio Popular


Em 1970, a Ponte Preta montou um esquadrão com pratas da casa, onde se destacavam os craques Manfrini e Dicá. A equipe fazia uma ótima campanha, conquistando inclusive a Taça dos Invictos naquele ano, e após desbancar Palmeiras, Corinthians e o Santos de Pelé, se viu diante de um adversário mais poderoso do que poderia imaginar. O primeiro sinal veio no dia 05/07/70 quando após estar vencendo por 2 a 0 a equipe do São Paulo, indo para o intervalo certa da vitória, viu um surpreendente e inesperado helicóptero descer nos gramados trazendo o governador nomeado pela ditadura militar, Laudo Natel, que desceu aos vestiários, pressionou a arbitragem, e permaneceu no banco de reservas da equipe ao longo da segunda etapa. Final 2 a 2. Já no final do segundo turno, no dia 05/09/70, com Laudo Natel novamente sentado no banco de reservas do São Paulo, a Ponte Preta viu ojovem Arnaldo Cesar Coelho cometer um dos primeiros erros graves de sua carreira, anotando um penalti inexistente em que o ponta Terto se jogou, e para piorar a cena ainda se deu fora da grande área. Com a vitória o São Paulo saiu da fila na semana seguinte e a Ponte ganhou como presente a primeira vaga em Torneio Nacional para uma equipe do interior.

Em 1977 a oportunidade apareceu novamente, e o regulamento havia mudado. Após 3 fases, Ponte e Corinthians se credenciaram para a finalíssima, em 2 ou 3 partidas, que a principio deveriam ser realizadas em Campinas e São Paulo, mas em função da gigantesca pressão por um título corinthiano, a decisão foi marcada para todos os jogos no Morumbi. O resto é história, e mesmo vencendo a segunda partida por 2 a 1 no recorde de público do estádio, a equipe viu o jogo de desempate ser marcado pelo extra-campo com a histórica expulsão de Rui Rei.

Dois anos depois, em 1979, Ponte e Corinthians chegavam à final novamente, agora sem a pressão por títulos que havia mobilizado a mídia e os políticos, e a esperança da macaca por justiça era grande, já que no ano anterior Palmeiras e Guarani haviam decidido o título nacional no então acanhado Brinco de Ouro, menor que o Moisés Lucarelli, mas não, ainda não seria daquela vez. O Corinthians conseguiu novamente levar todos os jogos decisivos para o Morumbi, e venceu novamente, mesmo precisando de 3 partidas como em 1977.

Mais dois anos, e nova final. Em 1981, após vencer o primeiro turno, a macaca passou o segundo esperando pela definição do adversário. São Paulo e São José decidiriam a vaga. O São Paulo foi a São José e sentiu a força do mando de campo, perdendo o primeiro jogo. Reverteu com dificuldade no jogo da volta, eliminando o São José por suados 3 a 2, mas a lição havia ficado. Nos bastidores alijou a Ponte Preta de seu mando, trazendo os dois jogos para o Morumbi. Bingo !! Empate no primeiro jogo e vitória no segundo.

Agora, quase 40 anos depois da primeira chance, após 4 decisões marcadas pela injustiça, pela decisão de bastidores, por arbitragens suspeitas, a Ponte Preta tem ao menos uma certeza, a do mando de campo. Assim começa a história da decisão contra um Palmeiras que se por um lado possui o demérito de ter perdido decisões importantes contra equipes consideradas pequenas, como Guarani, Inter de Limeira, Bragantino, ASA, Ipatinga, possui o lado positivo de mostrar que não utiliza as forças de bastidores para reduzir as chances do rival, ao contrário, possui histórico de arbitragens contrárias em decisões como a expulsão de Leão em 78 ou os penais contra o Ipatinga em passado recente.

Mais do que nunca, a Ponte sabe que terá diante de sí um adversário difícil de ser batido, mas que as chances serão de igual para igual, apenas dos 22 jogadores em campo, sem governador no banco, sem mudança de mando, e espera "apenas" uma arbitragem justa. Que vença o melhor !!"


Havia um comercial - na época das vacas gordas - onde um menininho, fantasiado de algum 'bichinho', perguntava para o outro: TOMO? Pois, é exatamente isso que gostaria de perguntar ao DO Lance, DO Estadão, DO Folha, etc...

2 comentários:

  1. Excelente.

    Tudo que nós (palmeirenses e pontepretanos) esperamos é apenas uma final JUSTA. Com arbitragem isenta e imparcial.

    Até porque, com arbitragem neutra, nostro Palestra é mais time.

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  2. Caríssimo, esse link é prá você!

    http://cruzdesavoia-quefeiobaronesa.blogspot.com/2008/04/do-blog-forza-palestra.html

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Caro Palmeirense, aqui você pode fazer seu comentário. Como bom Palmeirense CORNETE!!!

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