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17 de fev. de 2008

Alberto Helena

Dos poucos que ainda merecem o título de cronista. Ao estilo de Nelson Rodrigues, com charme e emoção, aí vai a crônica do Alberto Helena Junior sobre o jogo do Palmeiras contra o Juventus. Há vida inteligente na mídia, e ela trata do futebol, de suas emoções e tragédias, tudo dentro das quatro linhas.

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Parabéns Helena!

Agora só falta se converter ao Palestrinismo, apesar de que aquele livro sobre o Palestra é fantástico!

Houve dois momentos emblemáticos no jogo em Ribeirão. O primeiro, quando Marcos fez duas ou três defesas incríveis, daquelas que lhe valeram a auréola verde flutuando sobre a calva; o segundo, quando a torcida palestrina pediu em coro por Denílson.

No primeiro, a expressão da paixão que a torcida devota a São Marcos, justamente por sua reciprocidade – Marcos é tão Palmeiras como Palmeiras é Marcos.

No segundo, o extravasamento do anseio pela excelência, pela distinção, por aquele algo mais, o sorriso se abrindo escrachado no rosto ultimamente tão anuviado desse torcedor.

Marcos cumpriu seu milagroso ritual de sempre, e Denílson entrou no final, jogo já ganho, para despertar os companheiros e a galera. E a goleada de 4 a 0 sobre o Juventus veio assim, ó, na esteira desse clima de festa.

Não que Denílson tivesse dado um daqueles seus proverbiais shows de prestidigitação com a bola, nada disso. Foi comedidíssimo, como a situação exigia. Mas, logo no primeiro lance deu origem ao terceiro gol, de Valdívia, em exato centro de Leandro, e participou das trocas de bola que resultaram no quarto gol, de David, e, em mais três chances claras conjuradas pelo goleiro juventino

Claro, o Juventus já levava de 2 a 0 e estava com um a menos, por causa da expulsão de Luisão. E até então Diego era o nome do jogo. Aliás, todos jogaram bem, inclusive Léo Lima, cuja contratação foi tão contestada.

Mas, com Denílson, sempre fica mais divertido. No mínimo, paira no ar a expectativa de que, a qualquer momento, o lugar-comum vai levar um drible de chaleira.

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