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"Em 40 anos de jornalismo, nunca vi liberdade de imprensa. Ela só é possível para os donos do jornal". (Cláudio Abramo, que dirigiu Folha e Estadão)

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1 de dez. de 2007

MAURO BETING

Já escrevi neste espaço que o jornalismo esportivo brasileiro é uma vergonha.

Que jornalistas se travestem de imparciais, negam - as vezes veementemente - terem colorações clubísticas (muitos times do interior aumentam o número de seus torcedores com a adesão desses 'jornalistas'), mas na realidade as têm e disfarçam para poderem fazer o jogo sujo da assessoria de imprensa daqueles que gostam e 'espinafrar' aqueles que são seus adversários. Quando não, reafirmo, recebem 'agrados' para serem assessores de imprensa informais (ou seria formais?).

Pois bem, no caso do Palmeiras é sempre mais difícil. Aqueles que assumidamente são Palestrino (caso de PVC, Avalone - só para citar dois) vão aos extremos. Do folclórico que tudo ataca, onde nada é feito para engrandecer, tudo 'não presta', ao extremamente profissional, que em nome da isenção, repete o anterior com viés de cientificismo.

Mauro Beting não é assim. É Palmeirense. Critica aquilo que deve ser criticado. Elogia quanto tem que ser elogiado. É Palmeirense. É jornalista. É, acima de tudo - pelo que será reproduzido na íntegra - um corajoso.

Valeu Mauro! A Imprensa Alternativa Alvi-Verde também é assim. A César o que é de César... Valeu Observatório Verde pela dica!

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Artigo no Blog do Mauro

Blog do Mauro

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Artigo na íntegra:


FALA O PALMEIRENSE

(O jornalista Mauro Beting cede o espaço para palmeirense Mauro Beting escrever).

O Palmeiras bola promoção bacana com a grama do Palestra Itália vendida à torcida, mais um CD do hino do clube com as vozes de Marcos, Edmundo e Valdívia e a produção do grande guitarrista Marcos Kleine, e ainda um pôster verde.

Outros clubes já fizeram algo parecido, não igual, e não com tantos presentes.

Mas parte da imprensa detona pelo não “ineditismo” da iniciativa.

Faz parte. Sobretudo na reta de mais uma decisão no Palestra.

Quando todas as asas negras de Arapiraca são lembradas, e nenhuma Libertadores-99 é rememorada.

Quando a pauta da quinta-feira fala do desmanche do elenco em 2008 em vez de falar da montagem da equipe para o duro jogo contra o Atlético Mineiro.

(E o jornal não é de Belo Horizonte. É de São Paulo. Mas, por favor, não é do São Paulo. Não é isso, não exageremos).

Parte da imprensa continua tratando alguns clubes como se os setoristas trabalhassem nas assessorias de imprensa dos rivais.

Ou vestissem a camisa da oposição da pior espécie que o Palmeiras já teve.

O que não causa estranheza.

A atual oposição palmeirense foi a pior situação da história recente do clube. A que deixou o time naquela situação.

A mustafiosa administração que levou o Palmeiras ao inferno da segundona não quer ver o Palmeiras em mais uma Libertadores.

Até porque tradicionalmente ela não quer ver o time do Palmeiras. Prefere ver as piscinas aquecidas e outras coisas frias a assistir ao esporte que fez o Palmeiras campeão.

Fosse apenas detonar uma simpática iniciativa da diretoria que este palmeirense apóia como cidadão e amante do futebol, ainda vai.

Se aqui escrevo com o coração, também tem gente que escreve com o cotovelo ou com o fígado.

Mas também tem o jornalismo tático, aquele que a diretoria são-paulina, como não poderia deixar de ser, atenta a tudo e a todos, competente como nenhuma outra, imune a críticas como nenhum clube, aproveita para lembrar das tantas vitórias tricolores no Palestra que será desgramado.

Nem adianta lembrar que todos os outros clubes não se metem na vida são-paulina como o Tricolor se mete na vida e nos negócios alheios.

Mas também faz parte do jogo e das jogadas.

Ao vencedor, as batatas. As palmas. Os louros. As isenções de todas as espécies. Intocável no gramado, intocável fora dele.

Crises e questões pessoais são tratadas com o respeito devido e necessário nos clubes campeões em campo e na benevolência da imprensa.

Respeito que ficamos devendo na imprensa quando os alvos são fáceis por serem tão difíceis como pessoas. Ou por vestirem outras camisas menos blindadas e, nos últimos tempos, menos campeãs.

O Palmeiras não precisa vencer apenas os rivais no Palestra.

Não precisa apenas vencer histórias de fantasmas do passado.

O Palmeiras precisa vencer manchetes e pautas tão ou mais parciais e passionais que estas linhas que o palmeirense-jornalista acaba de publicar.

Mas ao menos assume que está torcendo.

Ao menos a favor de alguém.


ESCREVEU MAURO ALEXANDRE ZIONI BETING.

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