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14 de dez. de 2007

AINDA JUCA KFOURI

Há algum tempo o jornalista Juca Kfouri caminha sobre a tênue linha entre o jornalismo esportivo e o jornalismo político/esportivo (não é crítica, é constatação).

Todos sabemos (e acompanhamos) sua luta pela ética no futebol! Alguns o entendem e aplaudem (como eu), outros acham que apenas empreende esse tipo de luta por não ter capacidade de exercer a profissão que escolheu (tenho um amigo que pensa assim. NÃO CONCORDO).

É praxe no meio político desqualificar o oponente para poder dar fé à sua tese.

Pois bem, o Juca se utilizou dessa tática para justifica a BARRIGA que cometeu no caso da negociação do meia Valdívia com o São Paulo. Não usou nenhum argumento mostrando que o ‘furo’ era verdadeiro, até porque trouxe tantos devaneios acerca da credibilidade alheia que desfocou o leitor. Não trouxe nenhum fato novo mostrando que a notícia ‘supostamente’ poderia ter fundamento. Somente a DESQUALIFICAÇÃO daqueles que o DESMENTIRAM (Figer, Palmeiras, São Paulo). Somente sua FONTE e ELE mesmo (agora, novamente, na qualidade de baluarte da moral) estariam certos.

Pasmem, segundo o autor da notícia (Juca) o seu “furo” impediu a continuidade de um negócio milionário! (R$ 51 mi). A notícia (furo) fez com que Figer perdesse “alguns minutos” checando de onde havia saído o vazamento da informação. Pasmem, novamente! É como se a imprensa tivesse o poder – a ela atribuído - de determinar os destinos do mundo (agora do futebol). “Baita poder!!!”

Esqueçamos o fato de o próprio Juca ter dado pistas da BARRIGA ou suavizado (‘desmentido’) a informação alguns minutos depois: “Só espero que não seja a minha desinteressada fonte.”, pensemos e acompanhemos o raciocínio de outro jornalista (Birne – “pupilo” do Juca): “...cerquei tudo. A única chance de eu errar é o Juvenal estar negociando sozinho, escondido de todos. sem NINGUÉM saber. Não consegui falar com ele.”

Mas...

Pronto, depois do estrago feito a tentativa do desmentido. Em vão!

Entretanto, meus caros, na época da blogosfera isso não passa batido. Os leitores são mais atentos, os canais são dispersos, o monopólio da informação não existe mais (somos ao mesmo tempo consumidores e produtores de informação), a blogosfera é anárquica, fluída... O mundo não é mais o mesmo. O fluxo da informação não é igual há época da invenção da imprensa... A informação é uma via de mão dupla...

Alguns ainda não perceberam isto. Entraram no jogo sem saber (ou seria sem entender?) as regras. Perderam!

Quanto ao Juca, continuo botando fé (sou um crente) em sua boa vontade e em sua honestidade. Só posso creditar sua BARRIGA e sua tentativa de preservar a todo custo sua credibilidade (desqualificações maniqueístas) ao fato de não ter deglutido a queda de seu time à segunda divisão. Será? Do contrário teria eu que pensar que ele se rendeu ao discurso barato (e fácil) do marketing cor-de-rosa. Aí seria o fim. Continuo um crente!

Mais uma vez VIVA A IMPRENSA ALTERNATIVA ALVI-VERDE!

____________________

PS. – Sobre o e-mail que enviei ao Juca nenhuma resposta. Mas, houve pista de que leu. Vejam um trecho de minha missiva para ele e, em seguida, um trecho de seu ‘desabafo’ no dia de hoje:

“...acho que você – consagrado que é – não necessita mais dar furos desse tipo (...). Não que você não tenha o direito, e o dever, de furar a concorrência...” (Ontem no Forza-Palestra – leia aqui).

“...Sei que com 37 anos de profissão não só não preciso de furos...” (hoje no Blog do Juca: Quinta-Feira de Desmentidos – Leia aqui).

Um comentário:

  1. Querido palestrino! Concordo ipsis literis com tudo o que afirmou neste tópico. Para começar eu também não acho(conheço bem o nosso amigo que pensa o contrário) que o Juca camufla sua imperícia com uma tacanha cruzada pela ética e moralidade no futebol. Se assim fosse creio que sua reputação não teria permanecido imcólume por décadas, nem o público consumiria suas opiniões da forma que faz. Ele se mantém contra figuras poderosas e influentes orbitando fora da atmosfera venusiana platinada, e poucos além dele lancetam com tanta obstinação esse carnegão malcheiroso chamado CBF e suas terríveis metástases.

    Mas essa do Valdívia foi de lascar!

    Voltando aos tempos das elocubrações noosféricas, veja bem: eu fiquei sabendo da BARRIGA na capa do UOL. UÉ, que eu saiba é sobre a produção dos blogs que recai a crítica da falta de fontes confiáveis e afirmações suspensas no puro éter. No entanto, observamos diversas vezes, e por último nessa barriga, que a irresponsabilidade é creditada ao grupo Folha de São Paulo e aos grandes veículos de comunicação.

    Outra coisa: Ele de fato não precisa dar furos... quanto a negociação de jogadores. Quando o assunto é bastidores da política esportiva, seja no congresso, seja nas obscuras diretorias clubísticas, o furo é fundamental, ainda mais agora que, inshallah, sediaremos a Copa de 2014. Tenho certeza que ele será um perdigueiro dos descalabros futuros. O furo diferencia os poucos pesquisadores de evidências dos muitos retransmissores renegadores do esforço profissional e da competência no trato da informação.

    Fica Valdívia!

    Wassalamu aleikum
    Marco Polo

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